A jornalista e apresentadora Glória Maria morreu nesta quinta-feira (2), aos 73 anos. Ela deixou duas filhas adolescentes, Maria, 15 anos, e Laura, de 14. As meninas foram adotadas em Salvador após uma temporada na Bahia.
Durante todo o processo de adoção, Glória precisou se mudar para a Bahia. A jornalista realizava um trabalho voluntário em um orfanato da capital baiana, quando encontrou as meninas vivendo no local, sem saber que eram irmãs biológicas.
Em diversas entrevistas, a apresentadora sempre foi enfática ao falar que nunca teve vontade de ser mãe, mas que foi amor à primeira vista e decidiu adotá-las.
“Minhas filhas não têm pai, eu decidi tê-las sozinha. Sou eu e ponto. Preciso estar bem para vê-las no balé, nos eventos da escola. O dia em que não puder estar, que morrer, elas terão tudo encaminhado. Vão estudar nos melhores lugares, têm padrinhos maravilhosos. Tá tudo certo. Tem gente que opta pelo vitimismo. Eu odeio drama, não sou coitadinha. Vim sem esse sentimento. Nasci numa família extremamente pobre e matriarcal. Cheia de mulheres fortes. Minha avó Alzira, que morreu com 104 anos, tinha uma porrada de filhos, mandava em todo mundo”, disse em entrevista ao jornal O Globo.
Sobre não ter vontade de ser mãe, Glória reafirmou, em conversa ao programa Encontro, que foi encontro de almas ao adotar as irmãs: “Eu nunca quis ser mãe. O trabalho me preenchia, minha vida era perfeita. Elas surgiram por acaso. Eu nunca tinha pensado em ter filhos até que vi as duas pela primeira vez e tive certeza que elas eram minhas filhas. Isso é uma coisa que não sei explicar.”