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Autoconfiança e disciplina para vencer os sabotadores de concursos

A rotina de um concurseiro não é fácil. Além da disciplina, do foco e da necessidade de dedicar muitas horas do dia aos estudos, quem se prepara para garantir uma vaga no serviço público precisa aprender a renunciar às distrações, momentos de lazer, festas de verão, contato com familiares e amigos. 

Tudo isso, sem esquecer de manter a saúde física, mental e emocional. Para ajudar a quem vem se preparando ou deseja se preparar, o Correio ouviu especialistas na área de preparação de concursos e separou os 10 maiores sabotadores internos de quem se prepara. Identificar esses obstáculos e superá-los é fundamental para quem deseja a aprovação em 2023.

 A psicóloga especialista em concursos públicos, neuropsicóloga pelo Instituto de Psicologia Aplicada e Formação de Portugal (Ipaf) Juliana Gebrim defende que, para alcançar uma boa performance, o candidato precisa ter foco no seu objetivo. “É fundamental se dedicar 100% no seu objetivo, dizer ‘não’ para prazeres imediatos e focar na sua meta, sem querer acelerar o processo”, afirma. 

Juliana Gebrim defende que o candidato compreenda a necessidade de fazer escolhas para garantir o foco nos estudos e na preparação

(Foto: Divulgação)

Para ela, os candidatos podem e devem lançar mão de técnicas que ajudam a controlar a ansiedade durante a preparação, otimizando o potencial dos estudos. “É possível treinar a mente para lidar com essas questões emocionais. Técnicas de ponta como o Grounding, que ajuda a promover o bem-estar por meio do contato do corpo com o ambiente, a EMDR, uma abordagem terapêutica de Dessensibilização e Reprocessamento de traumas, e o Mindfulness, que é uma tática de concentração plena, podem ajudar nesse sentido”, garante.

A também psicóloga Flávia Lins acredita que o segredo do sucesso reside em unir quantidade a qualidade, entendendo que as horas de estudos e prática são tão importantes quanto as horas dedicadas ao cuidado físico e mental, considerando as horas de sono necessárias, boa alimentação e a prática de alguma atividade física para contribuir na liberação do estresse e tensão que antecede a prova. 

Flávia Lins reforça a importância de controlar a ansiedade, a falta de tempo e a sensação de ‘tudo ou nada’ no processo de preparação para concursos (Foto: Divulgação)

“É a preparação emocional que vai garantir a concentração, foco, resiliência e calma do candidato durante a prova, já que os grandes sabotadores dele nesse momento são justamente a ansiedade, a sensação de estar correndo contra o tempo e também o pensamento dicotômico tudo ou nada”, esclarece, destacando que um candidato preparado emocionalmente tem mais clareza para responder as perguntas, independente do tempo que ele tenha para tal. 

Sabedoria das águas

Advogada e professora de cursos preparatórios, Bia Nogueira admite que não existe mágica ou fórmulas milagrosas quando o assunto é a preparação do candidato e que toda rotina de estudo precisa ser feita de forma muito consciente e adequada à realidade pessoal. 

“É comum se sentir perdido no começo, porém conte sempre com a ajuda profissional de professores e psicólogos, que estão preparados para  mostrar o caminho, mas lembre-se que não poderão percorrê-lo por você. É uma preparação que demanda disposição, mas que os resultados valerão muito a pena”, afirma.

O Professor Major Estrela (@professor.majorestrela) do Curso Impacto reconhece que o preparatório é um caminho árduo e, por isso mesmo, o estudante não pode colocar a desistência como possibilidade. “Estudar até passar, com equilíbrio emocional, estudando com a sabedoria dos rios que contornam todas as barreiras do caminho para seguir seu objetivo que é inundar o mar, ou seja, a alcançar a aprovação”, ensina.

Conheça os maiores sabotadores

1.    Falta de planejamento de estudo adequado – entender que não existe fórmula mágica da aprovação e que cada pessoa tem uma forma de absorver o conteúdo, levando em consideração aquilo que mais se adapta ao seu estilo de vida. Use os planejamentos de pessoas que já foram aprovadas como modelo, mas adapte à sua realidade.  

2.    Ansiedade pode ser considerado um dos maiores vilões da aprovação. Já tive excelentes alunos, extremamente preparados que nem sequer conseguiram ir ao local de prova por conta da ansiedade, ou que tiveram “branco” na hora da prova. Normalmente adaptar uma rotina de exercícios, descanso, atitudes positivas e planejamento conseguem ajudar a controlar essa ansiedade.

3.    Distrações/ambiente inadequado – é preciso escolher bem o local onde estudar. Prefira locais onde você consiga se concentrar, sem distrações. Tive uma aluna que se despedia da filha de 3 anos todo dia de manhã, como se fosse sair de casa para trabalhar, e ficava no andar de cima da casa estudando. Dessa forma ela conseguia estudar sem ser interrompida. 

4.    Cobranças sociais – uma das primeiras coisas que falo aos meus alunos de concurso público é que eles precisam levar os estudos como se fosse um trabalho, com horários e regras pré-estabelecidas. O problema é que muitas vezes as pessoas ao redor do candidato não veem dessa forma, e cobram êxito imediato. As cobranças são um dos maiores motivos dos candidatos desistirem de fazer concurso público. Por isso é importante conversar com as pessoas ao seu redor e explicar o quanto precisa do apoio deles.

5.    Falta de foco no objetivo – estudar para concursos de diversos seguimentos pode não ser uma boa alternativa. Foque no tipo de concurso que você deseja passar. Não adianta se inscrever para Polícia Civil, Banco do Brasil e Tribunal de Justiça ao mesmo tempo. Opte sempre por concursos da mesma área.

6.    Redes Sociais – não seja o concurseiro de redes sociais, que vive postando a rotina de estudos, mas no final das contas não tem tempo de efetivamente estudar. Isso não quer dizer que você não possa compartilhar seu dia a dia, mas saiba identificar se isso está mais atrapalhando que ajudando.

7.    Se comparar – É comum os concurseiros conhecer pessoas que já foram aprovadas. E aí vem a comparação. Entenda que cada pessoa tem o seu tempo e o seu objetivo pessoal. A sua trajetória nunca será igual à do outro. Se inspire em pessoas que passaram pelo mesmo processo que você, mas faça a sua própria caminhada.

8.    Autossabotagem – Tire da sua vida as frases “esse concurso não é pra mim” ou “eu não consigo aprender isso”. As palavras têm poder, e a única pessoa que pode se limitar é você mesmo.

9.    Exagerar nos estudos – não ignore os sinais de que o seu corpo e a sua mente precisam descansar. Quando você tenta ultrapassar seus limites pessoais, forçando uma concentração, você fica com a sensação de que estuda muitas horas, mas não aprende nada. “Estude enquanto eles dormem” não combina com preparação para concursos. Durma e descanse para estudar com a cabeça fresca.

10. Falta de conhecimento pessoal – é necessário o candidato se conhecer, listando quais as suas maiores dificuldades na hora da preparação, e quais as suas características positivas quem podem ser bem exploradas. Por exemplo: um candidato que tem poucas horas de estudo, mas compreende que consegue absorver melhor o conteúdo lendo materiais. Ele consegue aproveitar o pouco (Fonte: Bia Nogueira)

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