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Folia sem refresco: calorão de 34°C deve se manter no Carnaval em Salvador

“Perfeito clima tropical, um calor da desgraça!”, diz um homem na frente do Elevador Lacerda ao comentar o tempo de Salvador em um vídeo que há anos é compartilhado por quem mora aqui em dias muito quentes. Colocação antiga que cai bem à tarefa de descrever a temperatura da capital baiana nos últimos dias. A cidade tem registrado mais de 30°C, chegando a 34°C, o que tem feito o professor Marcelo Sant’Anna, 24 anos, sofrer. “Eu já tenho o costume de sentir bastante calor, só que nos últimos dias tem feito mais do que o habitual. […] Tomo três ou quatro banhos por dia e fico sem camisa sempre para aguentar”, diz ele. 

Média de quatro banhos por dia, suor que não para de descer e ventilador na cara o tempo todo quando se está em casa. Características de um tempo que, de acordo com a meteorologista do Inmet, Cláudia Valéria, deve permanecer fevereiro adentro, inclusive nos dias de folia. “A gente vai ter o sol prevalecendo. Claro que na região litorânea podemos ter uma variação maior de nuvens e ocorrências de chuvas rápidas. Porém, o sol vai continuar e as temperaturas vão permanecer elevadas. Em Salvador, vai ficar muito parecido com que se tem observado, com registros de até 34°C”, explica a meteorologista. 

Temperatura aumentando

A manutenção do clima como está é uma notícia nada agradável para a estudante Inara Almeida, 21. Ela conta que o calor tem incomodado 24 horas por dia em casa e, mesmo morando em um lugar mais alto, a temperatura não ameniza. Os graus sobem e o que acompanha é o valor que vem mensalmente na conta de luz. “Às vezes parece que vamos todos morrer. Eu moro no segundo andar de um prédio e deveria ser mais fresco, mas eu morro de calor o dia todo. Quando é 8h já estou passando mal. Tenho ar-condicionado, mas não uso pela conta de luz. Porém, o ventilador é o dia todo e na conta isso fica notório”, conta ela.

Afonso Araújo, 23, ao comentar o tempo atual, diz que já está acostumado com o calor que se registra na capital baiana de janeiro a janeiro. No entanto, acredita que fevereiro veio com uma elevação ainda maior de um calorão que já se apresentava desde o início do Verão. “Ultimamente eu sinto que a temperatura tem subido bastante. Calor só é bom quando a gente está na praia. Passo o dia todo com o ventilador no máximo e bebendo bastante água gelada para ver se refresca e diminui o sofrimento. Cada um usa as armas que tem para sobreviver”, afirma ele.

Ao explicar as temperaturas mais elevadas em fevereiro, Cláudia Valéria fala que o aumento progressivo durante o verão é comum. Segundo ela, não há nada de diferente nas altas de agora em relação aos outros anos e o final da estação costuma ser mais quente. “A temperatura em Salvador, historicamente, vai aumentando no decorrer da estação. Fevereiro é um mês quente, março muitas vezes ainda mais. Em termos de maior quantidade de dias com valores mais elevados, normalmente se vê isso no fim da estação”, fala.

Cuidados no calor

O calor lá em cima não é apenas uma preocupação para o folião que quer saber se aguenta o tranco na avenida. É também uma questão para quem quer evitar problemas médicos. Doenças respiratórias como crises de rinite, sinusite, asma e bronquite costumam acontecer com mais constância. Marcelo Sant’Anna é um exemplo disso. “Além de ser calorento, eu tenho sinusite e renite. Essa variação na temperatura ataca minha alergia, eu fico mal e não consigo respirar direito. É horrível porque, como tenho essas alergias, não posso ficar, por exemplo, de cara para o ventilador”, lamenta o professor.

Há também os problemas dermatológicos. Camila Sampaio Ribeiro, dermatologista da Clínica InDerm, destaca que quando o tempo é de calor, a reação imediata do corpo é produzir muito suor, o que atrapalha uma das principais funções da pele humana. “A alta temperatura que causa o suor sobre a pele compromete a função de barreira da pele. A maior umidade facilita a penetração de substâncias e aumenta o risco de alergias em pessoas que são predispostas. Além de que o calor excessivo poder dar miliária, que é aquela brotoeja”, diz Camila.

A médica ainda destaca que é preciso reforçar os cuidados com a pele fazendo o que é básico e diário: o processo de aplicação do protetor solar. Como a exposição na avenida é maior, o uso do protetor deve ser proporcional. “No Carnaval, o ideal é reaplicar o protetor ao longo do dia ou colocar um que fixe mais. Os físicos aderem mais à pele, apesar que, por outro lado, deixarem a pele esbranquiçada. O pessoal às vezes não gosta, mas é o mais efetivo para evitar queimaduras e, futuramente, manchas, rugas e câncer de pele”, complementa a Camila, que é membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

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