A Polícia Federal (PF) cumpriu seis mandados de busca e apreensão em Porto Seguro-BA, Feira de Santana-BA e Foz do Iguaçu-PR pela Operação Conexão Guaraní contra uma organização especializada em tráfico de armas. As ordens fora deferidas pela 3ª Vara Criminal do Rio de Janeiro. De acordo com a PF, foi efetuado o bloqueio de bens dos investigados (valores em contas bancárias, veículos e imóveis serão objeto de avaliação posterior). O montante pode chegar até R$ 10 milhões. Segundo a PF, a operação foi deflagrada após a imprensa paraguaia noticiar a apreensão de um carga com cerca de 180 fuzis desmontados no Aeroporto Internacional Guaraní, em Ciudad del Este, no Paraguai, em março de 2020. De acordo com apurações da época, a carga estava em uma avião que havia decolado de Miami, nos Estados Unidos, rumo ao aeroporto paraguaio. Em seguida, o armamento chegaria no Rio de Janeiro e seria vendido irregularmente para facções criminosas. Ainda segundo o órgão, foram apreendidos três veículos, diversos celulares, chips de operadoras estrangeiras e diversos documentos. Ainda foram apreendidas duas aves silvestres mantidas em cativeiro, resultando na prisão de uma pessoa, que foi liberada após lavratura do termo circunstanciado de ocorrência e aceitação do compromisso de comparecer em juízo, por se tratar de um crime de menor potencial ofensivo.
O grupo registrou o conteúdo da carga diferente do que era efetivamente transportado na tentativa de ludibriar o policiamento, além de atribuir sua propriedade a um “laranja”, que não tinha conhecimento do fato. Além da PF, participaram da ação a Força-Tarefa Internacional de Combate ao Tráfico de Armas e Munições (FICTA), composta por integrantes da Secretaria Nacional de Segurança Pública e supervisionada pelo Serviço de Repressão ao Tráfico de Armas da Polícia Federal; a Agência de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations – HSI) da Embaixada dos Estados Unidos; a Adidância da Polícia Federal no Paraguai; e outras entidades nacionais e internacionais.