O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) participou do programa Os Pingos nos Is nesta terça-feira, 7, e concedeu uma entrevista exclusiva à Jovem Pan. Nela, o parlamentar comentou sobre a estadia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Orlando, nos Estados Unidos – local onde permanece desde o dia 30 de dezembro de 2022, dias antes de seu mandato como chefe do Executivo acabar – e informou que ainda não há uma data prevista para que seu pai retorne ao Brasil. “É excesso de saudade querer que ele volte logo para ajudar o Brasil, agora numa posição diferente. Ele comunicou que precisaria ficar mais alguns dias nos Estados Unidos para cumprir agendas que ele considerou importante fazer. Ele falou que em breve está voltando, mas a data exata, quem poderá dizer é ele. Se Deus quiser, muito em breve ele está de volta. Talvez esse mês ainda”, disse. Questionado sobre a possibilidade de Jair voltar a disputar a presidência da República, o congressista afirmou que trabalha com a “ideia permanente” de que o ex-presidente volte a disputar o comando do Planalto. “Em 2026, se Deus quiser teremos Bolsonaro concorrendo à presidência. Ele merece um mandato para jogar num gramado limpo. Ele pegou quatro anos com pandemia, com guerra na Ucrânia, com a maior crise hídrica dos últimos 90 anos, com uma imprensa militante. Infelizmente houve muitas interferências de outros poderes no Executivo. Ele jogou nesse campo de lama, um campo de várzea onde a bola não rola. Ele merece, pelo que fez e se dedicou”, pontuou.
Flávio ainda minimizou as diferenças internas que existem no Partido Liberal e pontuou que os filiados que buscam se alinhar com o governo federal compõem a ala ideológica, já que são mais “sensíveis aos cantos da sereia”. “Acredito que, mesmo tendo esses diferentes perfis de parlamentares no PL, essa grande maioria são aqueles que concordam com as pautas liberais na economia, conservadores nos costumes. Pautas que o presidente Bolsonaro não somente discursou sobre, mas aplicou na prática. Diferente do que faz o atual presidente, que falou muitas mentiras durante a eleição”, opinou. Por fim, o filho do ex-presidente disse não acreditar em retrocessos econômicos sugeridos pelo atual governo – como acabar com a independência do Banco Central – já que há um entendimento grande entre os parlamentares em manter os avanços conquistados na área econômica nos anos anteriores. “Se tivéssemos um Banco Central que estivesse no colo do presidente da República, a inflação teria explodido. A taxa de desemprego já tinha sido elevado à quinta potência. Olha como na sua primeira prova, a autonomia do Banco Central se mostrou fundamental”, finalizou.