O fim das negociações pela federação entre União Brasil e Progressistas atrapalhou os planos de Arthur Lira (PP-AL) de tentar emplacar o deputado Elmar Nascimento (União-BA) como seu sucessor na presidência da Câmara.
Liderança do União avaliam que a federação ajudaria a vencer resistências ao nome de Elmar no PP, sobretudo nas alas do partido que defendem a construção de um nome próprio para a sucessão de Lira em 2025.
Para caciques do União, o apoio do Progressitas ajudaria na formação de consenso dentro do próprio partido de Elmar, atualmente considerado como um “dragão de sete cabeças”.
Campo minadoA própria possibilidade de Elmar ser ungido como sucessor de Lira provocou resistências dentro do União Brasil à federação com o PP. Um dos que trabalhou contra foi o presidente do União, deputado Luciano Bivar (PE).
Bivar avaliou que a federação o faria perder poder dentro do partido, fortalecendo o grupo de Elmar Nascimento, atualmente o mais próximo do presidente da Câmara.
A federação entre PP e União Brasil formaria a maior bancada da Câmara, com 108 deputados, atrás apenas do PL de Jair Bolsonaro, que tem 99 parlamentares, e a federação PT-PCdoB-PV, com 81 deputados.