Nesta quinta-feira, 23, uma operação policial no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro, terminou com 13 mortos, entre eles o chefe do tráfico de drogas no Pará, que estava escondido. A ação da polícia fluminense contou com apoio de agentes da polícia paraense. O traficante Leonardo Costa Araújo também estaria ligado a uma série de mortes de agentes de segurança do Pará e estava foragido desde 2019. Também foram apreendidos 13 fuzis. Os tiroteios intensos começaram pela manhã e deixaram três moradores do conjunto de favelas baleados. Segundo as forças de segurança, houve resistência por parte dos criminosos. Helicópteros e veículos blindados foram usados na ação e alunos de unidades de ensino tiveram que se jogar no chão das escolas para se protegerem dos tiros. A operação teve continuidade nesta sexta-feira, 24, e mais de 1.222 crianças estariam sem condições de assistirem às aulas, conforme informou o repórter Mateus Koelzer no Jornal da Manhã, da Jovem Pan News. Além das aulas, serviços de saúde também foram suspensos na região.
Em 2020, o jovem João Pedro, de 14 anos, foi morto em uma ação equivocada da Polícia Civil e da Polícia Federal. A morte do adolescente foi o que motivou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, a criar uma espécie de cartilha para as intervenções das forças policiais do Rio de Janeiro em favelas. ONGs do Estado alertam para o suposto descumprimento de uma decisão do STF que restringe operações policiais perto de escolas, creches e unidades de saúde.