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Após negociação, funcionários do Metrô de SP aceitam proposta e decidem encerrar greve

Funcionários do Metrô de São Paulo aceitaram a proposta feita pelo governo do Estado e decidiram encerrar a greve nesta sexta-feita, 24.”O Metrô vai retomar a operação em sua totalidade, com retorno de 100% do efetivo às atividades, após o Sindicato dos Metroviários aceitar a proposta da Companhia para encerrar a greve”, informou em nota a Secretaria de Comunicação do Estado de São Paulo. A proposta contempla o pagamento em abril de abono salarial no valor de R$ 2 mil e a instituição de Programa de Participação nos Resultados de 2023, a ser pago em 2024. “A companhia aguarda o retorno dos colaboradores às suas funções para normalizar completamente suas operações”, acrescenta a nota. Apesar do fim da greve, o rodízio de veículos continuará suspenso até o final desta sexta, e a SPtrans manterá o reforço dos ônibus. A decisão da assembleia, que começou às 7h, foi apertada. Foram 1.400 votos a favor de deixar a paralisação, o que representa 49,3% dos votos.

A operação deve ser normalizada no decorrer do dia, a medida em que os trabalhadores retomarem seus postos. Segundo Antônio Marcio Barros, gerente de operações do Metrô de São Paulo, que concedeu entrevista à Jovem Pan News, o tempo considerado é um procedimento que leva em conta a garantia da segurança dos passageiros nas plataformas, aumentando a demanda somente quando for possível garantir um trajeto seguro. “Nós dependemos de funcionários, tanto da área de segurança, de operadores de trem, operadores das estações para que a gente possa fazer uma operação segura. Porque o nosso foco é sempre a segurança operacional. Para ter essa segurança, eu preciso de todos os profissionais nas nossas estações”, disse.

Diferente da quinta-feira, hoje pela manhã estavam as estavam operando de forma parcial trechos destas linhas: Linha 1 – Azul, de Ana Rosa até Luz; Linha 2 – Verde, de Alto do Ipiranga até Clínicas; Linha 3 – Vermelha, de Santa Cecília até Bresser – Mooca. O que vai ser ampliado aos poucos até atingir a normalidade. Somente as três linhas atendem cerca de 2,8 milhões de passageiros. A Linha 15 – Prata segue totalmente paralisada. Desde a quinta, os metroviários tentavam um acordo a administração pública, e optaram por manter o movimento grevista nesta sexta, alegando que o governo de São Paulo descumpriu um acordo para liberação das catracas aos passageiros.

A greve afetou a vida de vários paulistanos, e para reduzir o impacto no trânsito, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) decretaram ponto facultativo nas repartições públicas da capital, no entanto, a medida não vale para trabalhadores de serviços essenciais como serviço funerário, unidades de atendimento das secretarias de Saúde e Assistência Social, toda a rede municipal de ensino e a Segurança Urbana. Mesmo com ponto facultativo, a cidade registrou lentidão e engarrafamentos. No início do horário de pico, às 6h30, eram totalizados apenas 39 km em toda a capital paulista. Mas às 8h, a situação de lentidão do trânsito subiu para 368 km. Os maiores engarrafamentos são detectados pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) na zona sul, 108 km, e leste, com 105 km. Outras regiões estão com as seguintes lentidões: 29 km no centro; 77 km na zona norte; e 49 km na zona oeste. Nesta quinta, 23, foi registrada lentidão de mais de 720 km na cidade de São Paulo. O rodízio de veículos permanece suspenso nesta sexta.

Questionado sobre uma eventual possibilidade de privatização de todas as linhas do metrô para evitar futuras paralisações, o gerente de operações do Metrô de São Paulo lembrou que a população avalia o serviço prestado como bom ou ótimo: “Temos duas linhas concedidas que não param e quatro linhas públicas. Nós temos que considerar também que, independente de serem públicas, nas últimas pesquisas de avaliação de satisfação dos passageiros, nós tiramos nota de 70% de avaliação bom e ótimo do nosso trabalho. O nosso foco aqui é o atendimento ao passageiro, e isso eu posso garantir, como gerente de operações. Nós trabalhamos para proporcionar uma viagem segura, uma experiência de viagem melhor possível para o nosso passageiro”, declarou Antônio Marcio Barros.

Sobre o não cumprimento da determinação judicial de que 80% dos funcionários e da frota deveriam funcionar em horário de pico, Barros reforçou o cuidado com a segurança dos passageiros, alegando que não houve contingente suficiente de trabalhadores em seus postos para dar segmento a uma operação de 80% da capacidade nesta sexta. E, por isso, foram operacionalizados apenas três trechos. “Às 6h45 da manhã iniciamos a operação parcial nessas três linhas, aquilo que nós chamamos de plano de contingência. O tribunal tinha recomendado ontem que, nos horários de pico, estivéssemos com 80% das linhas em operação, tanto quanto aos empregados quanto à frota de trens, mas isso não foi cumprido. E, por isso, estamos operando somente nesses trechos, que foi o plano de contingência que conseguimos fazer nessa operação”.

*Com informações das repórteres Soraya Lauand e Beatriz Manfredini

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