Nesta quarta-feira, 12, o presidente da SAAB, fabricante sueca dos caças tipo Gripen, Micael Johansson, declarou que a companhia está pronta para atender novas demandas de aeronaves do governo brasileiro. A declaração veio após o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, sinalizar a intenção de uma nova compra destes aviões. O primeiro lote, com 36 caças, foi contratado ainda no governo de Dilma Rousseff e também prevê a transferência de tecnologia para fabricação nacional das aeronaves. Cinco dos caças já foram entregues, mas foram fabricadas fora do Brasil. O início do processo de fabricação do primeiro Gripen em território brasileiro acontece no dia 3 de maio, em uma cerimônia com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na cidade de Gavião Peixoto, em São Paulo. No município, há uma parceria entre a Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. (Embraer) e a SAAB. A contração tem o valor de US$ 4 bilhões (cerca de R$ 20 bilhões).
O presidente da SAAB tem a intenção de transformar o Brasil em uma plataforma para futuras encomendas para países da América Latina. Colômbia e Peru estariam interessados e a ideia é expandir os negócios por todo o continente. Em entrevista à Jovem Pan News, o autor da primeira encomenda com a SAAB e comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, elogiou a eficiência das aeronaves e afirmou que o Brasil precisa ter no mínimo 60 caças do tipo Gripen para patrulhar todo o espaço aéreo brasileiro. Interlocutores do governo consultados pela Jovem Pan News afirmam que o primeiro lote de 36 aviões pode chegar a 40, o que está sendo estudado dentro do contrato firmado entre o governo, a Força Aérea e a SAAB.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga