A desigualdade de renda entre classes sociais atingiu seu menor nível em onze anos, de acordo com um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quinta-feira, 11. O Índice de Gini, que indica a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos, recuou a 0,518 em 2022. O valor representa o menor nível da série desde 2012. Em 2021, o número tinha atingido 0,544. Apesar da melhora, o IBGE aponta que o valor ainda segue elevado em comparação a outros países. Um dos pontos que contribuiu para esse melhora foi o crescimento do rendimento domiciliar per capita de metade da população mais pobre, que subiu 18% no ano passado, indo para R$ 537 por mês. Já o 1% dos brasileiros mais ricos recebeu em média R$ 17.447 por mês, uma redução da 0,3% no comparativo com o ano anterior. Ainda assim, o grupo com maior poder econômico ganha uma renda 32,5 vezes superior à da metade da população mais pobre.
O aumento do Auxílio Brasil para R$ 600, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contribuiu para aumentar os rendimentos dos mais pobres, de acordo com o IBGE. Além disso, a diminuição do desemprego também teve um impacto positivo. A desigualdade diminuir em todas as regiões Brasil, em especial no Nordeste (de 0,556 para 0,517) e no Sudeste (de 0,533 para 0,505). O indicador também demonstrou que a renda média dos trabalhadores recuou 2,1% em 2022. Já a massa de rendimentos aumentou 6,6%. A renda média do brasileiro foi avaliada em R$ 2.659, menor patamar da série histórica.
Grupo com maior poder econômico ganha uma renda 32,5 vezes superior à da metade da população mais pobre