A Polícia Civil (PC) deflagrou nesta quinta-feira (18) uma megaoperação que contou com mais de 300 policiais para combater um grupo criminoso acusado de homicídios e tráfico de drogas em Salvador e Região Metropolitana (RMS). Batizada de Operação Licuri, a ação resultou na morte de duas lideranças do tráfico de drogas nos bairros de Rio Sena e Liberdade. Eric Jeferson Santos Souza, mais conhecido como Mad Max, liderança do tráfico de drogas em Rio Sena e na Liberdade, e Antônio Carlos de Oliveira Santos, mais conhecido como Coquito ou Coquinho, trocaram tiros com os policiais e foram mortos em confrontos.
Segundo a Polícia Civil, Mad Max foi atingido ao resistir ao cumprimento do mandado de prisão. Ele foi encaminhado para o Hospital do Subúrbio, mas não resistiu. Mad Max foi autor e mandante de diversos homicídios. Já Coquinho era a referência do nome da operação. Ele era o gerente do tráfico no Rio Sena e fazia a gestão das armas para os ataques contra grupos rivais. O suspeito morreu em confronto com policiais da Coordenação de Operações Especiais (COE).
A Polícia Civil foi procurada pelo CORREIO para dar detalhes sobre a idade de ambos e informar por quais facções atuavam, mas disse não dispor de outras informações além das divulgadas. Em nota publicada pela manhã, a diretora do DHPP, delegada Andréa Ribeiro havia dito que todos os alvos da operação eram envolvidos em ataques recorrentes nas regiões em que atuavam e tinham passagem pela polícia.
No balanço da operação, atualizado no final da tarde de quinta-feira (18), a PC informou que 11 suspeitos foram localizados, sendo que três entraram em confronto com os policiais e não resistiram aos ferimentos. Foram cumpridos também 30 mandados de busca e apreensão. Armas também foram apreendidas durante a operação e serão periciadas pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT).
“Durante a apuração, descobrimos que o grupo estaria comprando armamentos na fronteira do Brasil com o Paraguai. Os alvos alcançados são de altíssima periculosidade e ajudarão o DHPP a desencadear novas investigações sobre o grupo”, explicou a diretora do DHPP, delegada Andréa Ribeiro.
Um dos presos também é investigado pela prática de crimes contra o patrimônio. Ele, que foi preso em Rio Sena, é apontado como integrante de um grupo criminoso que atua furtando celulares em grandes festas, inclusive no Carnaval do Rio de Janeiro. Além de Rio Sena, a Operação Licuri ocorreu nos bairros Curuzu, Alto da Terezinha, Praia Grande, Sete de Abril, Sussuarana, Uruguai, Ilha Amarela, Plataforma, Itapuã, no município de Simões Filho e na cidade de São Paulo.
Participaram da operação policiais do DHPP, do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP) e da Coordenação de Operações Especiais (COE), além de guarnições da Rondesp, Choque, Bope, Gêmeos e Cipe Polo, da Polícia Militar.