A má fase do Coritiba neste início de temporada e a derrota nos acréscimos para o Atlético-MG no sábado (20) resultaram em pancadaria e declarações fortes após a partida. Logo depois do apito final no estádio Couto Pereira, alguns torcedores entraram em confronto com a polícia em um setor atrás do gol.
Segundo informações da polícia, houve uma tentativa de invasão por parte de uma das torcidas organizadas do clube, o que teria iniciado a confusão. Com uso de cassetetes e pancadas, a polícia fez com que os torcedores recuassem nas bancadas. Ainda segundo a PM do Paraná, um princípio de tumulto se estendeu para os arredores do estádio, mas foi rapidamente contido com bombas de efeito moral. Em nota foi dito que as imagens serão utilizadas para identificar os responsáveis.
O time paranaense vê a crise aumentar, assim como a pressão sobre Antônio Carlos Zago. Contando as demais competições, o Coritiba já não vence há 13 jogos. O time paranaense é o lanterna do Brasileirão, com dois pontos. Cerca de 18 mil torcedores estiveram presentes no estádio.
Em entrevista coletiva, o técnico Antônio Carlos Zago criticou a postura da torcida do Coritiba nos jogos e citou uma falta de apoio. “O Couto Pereira é a nossa casa. Às vezes, parece que a gente está jogando fora. A torcida parece que não torce pelo clube, parece que ela torce por um jogador individualmente. Eu prefiro jogar aqui na nossa casa, é aqui que a gente precisa fazer valer o mando de campo. Já pedimos confiança e espero que o torcedor continue confiando porque só assim saímos desta situação”, afirmou.
Além de gritos de “vergonha” pela quinta derrota nas sete partidas do Brasileirão, os torcedores vaiaram alguns atletas do clube paranaense ao longo do confronto. “Me sinto pressionado desde o dia que cheguei aqui. Eu vim em um momento difícil, que não começou comigo no cargo já, foi antes”, também afirmou Zago.