Uma família foi feita refém no bairro de Tancredo Neves, em Salvador, na tarde segunda-feira (29). O suspeito invadiu uma casa, na Rua Paraíso, em uma localidade conhecida como Buracão, onde estavam um homem de 29 anos e os filhos: uma criança de 10 anos, duas de 7 anos e um menino de 2 anos. Os moradores foram liberados no início da noite, após três horas de negociações.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), equipes da 23ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM / Tancredo Neves) realizavam rondas na região, quando um homem armado disparou contra os militares. O suspeito, um homem de 22 anos, invadiu o imóvel na fuga por volta das 15h. O pai estava alimentando as crianças quando foi surpreendido pelo criminoso.
A 23ª CIPM iniciou a negociação e conseguiu a liberação de duas crianças. O Batalhão de Operações Policiais Especiais foi chamado e deu seguimento à conciliação. Segundo a TV Bahia, a mãe do suspeito participou das negociações. Ele se rendeu e liberou o restante dos reféns por volta das 18h30. Não há informações sobre o estado de saúde das vítimas. A mãe das crianças chegou no local ao final das negociações.
Casos de cárcere
Este é o sexto caso de cárcere privado que aterroriza o bairro de Tancredo Neves, neste ano. O primeiro caso aconteceu no dia 12 de abril. Quatro pessoas de uma mesma família foram feitas reféns. O caso aconteceu na localidade da Semente, após os traficantes perceberam a presença policial durante a Operação Intensificação. Os suspeitos invadiram uma casa com quatro ocupantes, entre eles uma criança de 6 anos e uma idosa. Os reféns foram liberados e quatro criminosos acabaram presos por equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e da Rondesp Central. Com os sequestradores foram encontrados duas pistolas e celulares.
No dia 17 de abril, Tancredo Neves registrou dois casos de sequestro. Pela manhã, uma adolescente de 16 anos passou 4 horas em cárcere privado em uma casa. Segundo a polícia, o homem liderava um bonde no bairro e ostentava armas. Os dois namoravam há pouco tempo.
A Polícia Militar da Bahia (PM-BA) informou que o suspeito foi cercado na Rua Carla, por volta das 3h, quando estava saindo da residência com armamento em punho. As guarnições estavam circulando por conta da operação de intensificação que a polícia realiza no local desde a semana passada.
Após liberar a jovem, o suspeito se entregou a polícia e foi conduzido para a Central de Flagrantes. Com ele, de acordo com a Polícia Militar da Bahia (PM-BA), estavam uma pistola 9mm, uma metralhadora, um caracol e munição. Todo armamento foi apreendido e levado junto ao suspeito.
Já pela tarde do mesmo dia, um morador foi feito refém por dois suspeitos. Um trio foi flagrado na região do Final de Linha de Tancredo Neves pelas equipes da Operação Intensificação. Um suspeito acabou morrendo durante a troca de tiros com a polícia e os outros dois invadiram uma casa, fazendo um morador refém. O Batalhão de Operações Especiais (Bope) negociou com os sequestrados por quase duas horas.
A dupla se entregou no início da noite e foi levada para o Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco).
No dia seguinte, em 18 de abril, mais dois casos de cárcere privado foram registrados no bairro. Foram duas ocorrências distintas, mas na mesma região da comunidade da Aldeia, na Travessa Murici. Em uma delas, por volta das 20h, os bandidos se entregaram e liberaram o morador. Quatro suspeitos foram presos.
Um dos suspeitos seria o alvo de uma ação policial conduzida na região. Houve uma troca de tiros e, na fuga, o suspeito e outros três homens invadiram a casa do jovem. Os criminosos chegaram a ameaçar os policiais com uma granada e botaram um botijão de gás na entrada da casa. Os bandidos fizeram ainda uma transmissão ao vivo nas redes sociais enquanto mantinham o jovem refém com uma arma apontada para sua cabeça. A vítima foi liberada ilesa.
Na mesma noite, equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) negociaram com os criminosos que estavam dentro de outra casa com a mulher grávida. Ela estava no oitavo mês e tem 24 anos. O major Luciano Jorge informou ao CORREIO que havia outros quatro suspeitos dentro do imóvel. Todos eles foram presos após liberação da refém.