Minas Gerais confirmou o primeiro caso da gripe aviária. O vírus H9N2 foi detectado em um pato de livre, da espécie Cairina moschata, em Pará de Minas, no interior do estado. Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o vírus é de baixa patogenicidade. Segundo a pasta, a detecção de um novo subtipo do vírus não tem relação com os focos confirmados de alta patogenicidade (H5N1) em aves silvestres nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, não requer a aplicação de medidas emergenciais e não compromete a condição do Brasil como país livre da doença. O diagnóstico foi decorrente das ações previstas no Plano de Vigilância de Influenza Aviária e Doença de Newcastle, do Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária. Com isso, o país chegou a 19 casos da doença em aves silvestres. O órgão reforça que a gripe aviária de baixa patogenicidade não é uma doença de notificação obrigatória à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e não resulta em restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros.
Ainda segundo o órgão, os diversos subtipos do vírus da Influenza A podem infectar esporadicamente outras espécies, como mamíferos, incluindo humanos. Os casos de infecções registrados em pessoas “são esporádicos, relacionados à exposição sem proteção adequada às aves doentes, não havendo registros de transmissão entre humanos”, informou a pasta. “Evidências de presença de outros vírus de influenza aviária de baixa patogenicidade já foram encontradas no Brasil anteriormente. Esses vírus circulam normalmente em populações de aves silvestres, principalmente as aquáticas, em todo o mundo, causando doença leve ou assintomática em aves domésticas e selvagens”, completou o órgão. A pasta alerta que o contato direto com as aves doentes ou mortas, sem proteção adequada, deve ser evitado pela população. Todas as suspeitas devem ser notificadas ao órgão estadual de saúde animal à Superintendência Federal de Agricultura e Pecuária por qualquer meio.