A Prefeitura de São Paulo afastou sete agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) suspeitos de desvio de conduta no centro da capital paulista, mais especificamente na região da chamada Cracolândia. Os suspeitos estariam cobrando uma taxa para fornecer segurança aos comerciantes da região. Os guardas municipais atuam na Inspetoria de Operações Especiais (Iope) e têm uma formação diferente dos demais da tropa, portam armas letais ou não-letais e são preparados para controle de distúrbios da ordem, por exemplo. A Prefeitura declarou em nota que todo o caso foi colocado à disposição da Corregedoria Geral do Município e que todos os agentes estão restritos de qualquer atuação na guarda, ou seja, não vão atuar nem em funções administrativas ou internas. As investigações seguem em sigilo. Em sua rede social, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) repudiou o caso, disse que a corrupção não será tolerada em sua gestão e destacou o afastamento dos agentes.
A corrupção não será tolerada em nossa administração! Diante das denúncias de corrupção envolvendo guardas municipais e a cobrança indevida de comerciantes por serviços de segurança, quero deixar claro que os guardas municipais envolvidos foram afastados de suas funções.
— Ricardo Nunes (@ricardo_nunessp) June 6, 2023
“Peço para que a população não perca a confiança na GCM, porque atos isolados e condenáveis não representam a conduta da maioria dos servidores. Estamos reforçando os mecanismos de controle interno e investindo em capacitação, além de incentivar a denúncia de práticas ilegais”, finalizou. O Ministério Público afirma que o eventual pagamento a funcionários públicos da segurança efetuado por comerciantes ou moradores da Cracolândia será analisado pela Promotoria de Justiça do Patrimônio Público.
*Com informações do repórter Misael Mainetti