Depois da Índia, o Brasil é o segundo país do mundo com mais casos de hanseníase.Em terceiro lugar vem a Indonésia. Juntos, os três países são os que mais notificaram casos da doença, correspondendo a 74,5% dos casos do mundo. A hanseníase é uma doença crônica que pode afetar qualquer pessoa. Quase 120 mil casos da doença foram notificados entre 2017 e 2021. Desses, 55,7% foram em homens e 23.192 foram registrados em pessoas com idade entre 50 e 59 anos. O dermatologista e professor da USP de Ribeirão Preto, Marco Andrey, diz que o problema está no subdiagnóstico da doença. “Nós vinhamos falando que o número é de 3 a 5 vezes maior do que o notificado. O problema da hanseníase não é notificação, é subdiangnóstico. Porque, nessa leva toda de 2000 para cá, tem se a ideia de que a doença está acabando e vários investimentos deixaram de ser feitos”, disse Marco, que afirmou que a pandemia provocou uma queda de diagnósticos da doença. O especialista diz ainda que os principais sintomas da doença são dormência no corpo, especialmente nas mãos e pés, formigamento, dores nos nervos, câimbras e lesões de pele. O tratamento é feito via antibiótico e a doença pode ser curada com terapia de 6 a 12 meses. O tratamento precoce evita deficiência.
*Com informações do repórter Misael Mainetti