Pelo menos um em cada três restaurantes cadastrados em aplicativos mais utilizados pelos brasileiros é uma “cozinha fantasma”. Isso é o que aponta o estudo feito por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Segundo o professor e coordenador da pesquisa, Diogo Thimoteo da Cunha, as chamadas “dark kitchens” oferecem oportunidades principalmente para pequenos empreendedores. “Vimos pessoas vendendo comidas em suas residências. Então elas usam cozinhas domésticas, da sua própria casa, para produzir refeições, alimentos, e também entregam. O delivery tem custo mais reduzido. Não tem o custo estrutura física”, explica. A gestora de projetos do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Helena Andrade, destaca que os empreendedores têm que estar atentos para cuidados. “A principal, para quem está começando, é a certificação de manipulação de alimentos da Vigilância Sanitária. Uma certificação obrigatória. Hoje, é um processo bem facilitado, pode ser feito de forma remota. A legislação referente ao ramo de alimentação varia de acordo com a cidade e com o porte da empresa”, comentou. Apesar da expansão, os especialistas avaliam que o modelo de negócio ainda deve enfrentar dificuldades a partir das novas regras de fiscalização do setor.
*Com informações da repórter Letícia Miyamoto.