De acordo com as informações divulgadas neste sábado, 17, pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul, 11 pessoas morreram e 19 estão desaparecidas por consequência dos temporais causados por um ciclone extratropical que atinge o Estado desde esta sexta-feira, 16. Entre as mortes, duas foram registradas em São Leopoldo, uma em Maquiné, uma em Novo Hamburgo e uma em Gravataí. As buscas por sobreviventes e vítimas seguem em andamento. Segundo as autoridades, já são 39 municípios atingidos, com registro de 2.330 desabrigados e 282 desalojados. O governador Eduardo Leite (PSDB) comunicou que houve a liberação imediata de R$ 1,1 milhão para os municípios de Maquiné, Itati, Três Forquilhas, Dom Pedro de Alcântara e Morrinhos do Sul para minimizar os efeitos do ciclone. Também foram embarcadas 250 cestas básicas para apoio imediato à população, oriundas da Secretaria de Assistência Social do Estado.
Defesa Civil Estadual atualizando as informações: foi notificado o desaparecimento de mais duas pessoas no município de Caraá. Buscas reiniciaram hoje cedo. Ainda, foi registrado mais um óbito, de um homem de 29 anos, possivelmente por afogamento, na cidade de Gravataí.
— Defesa Civil RS (@DefesaCivilRS) June 17, 2023
A Defesa Civil informou que uma das vítimas de São Leopoldo tinha 23 anos e morreu após sofrer uma descarga elétrica. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o corpo de um desaparecido foi encontrado no bairro São José. Em Maquiné, a vítima é um homem de 69 anos, segundo a prefeitura. O quarto óbito foi registrado em Novo Hamburgo e se trata de um homem, de 60 anos, segundo a Defesa Civil, que também afirmou que a vítima em Gravataí é um homem de 29 anos que morreu, possivelmente, por afogamento. Além disso, cerca de 120 mil pontos estão sem energia elétrica na área de concessão da Companhia Estadual de Geração de Energia Elétrica. Na área de cobertura da Rio Grande Energia, são 68 mil clientes sem energia disponível.
Falei há pouco com o vice-governador @GabrielSouza_RS e com o chefe da Defesa Civil, Cel. Boeira, sobre as ações para minimizar os efeitos do ciclone. Anuncio a liberação imediata de R$ 1,1 milhão para Maquiné, Itati, Três Forquilhas, Dom Pedro de Alcântara e Morrinhos do Sul. pic.twitter.com/5XKacJZKXK
— Eduardo Leite (@EduardoLeite_) June 16, 2023
O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, sobrevoaram a região para avaliar medidas de apoio para conter os danos provocados e assistência às vítimas. Pimenta anunciou que, a partir de domingo, 18, as equipes técnicas da Defesa Civil estarão no Estado para ajudar os municípios na elaboração dos planos de trabalho. “Esses planos de trabalho são fundamentais para que os recursos possam ser liberados. Quanto mais rapidamente eles forem elaborados e mais de acordo com estiverem com as exigências, rapidamente os recursos poderão ser liberados”, esclareceu. Ele complementou que ainda não há um valor definido ainda de assistência, pois é necessário que sejam entregue primeiros os planos de trabalho. A orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é de que seja prestada toda a assistência necessária para os municípios comuniquem suas demandas e que o governo federal possa dar uma resposta rápida.
Waldez Góes complementou que a presença dos ministros do Estado busca trazer uma aproximação com o governo federal durante a crise e unir os profissionais da Defesa Civil Nacional e acelerar a implementação dos planos de ajuda humanitára e reestruturação. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, falou que a prioridade do momento é resgatar e proteger as vidas humanas, localizando quem está ilhando e encontrando os desaparecidos. As questões materiais são resolvidas em seguida. Pontes e estradas que foram afetadas estão sendo avaliadas por equipes técnicas para que seu uso possa ser retomado com segurança. Leite afirmou que o governo oferecerá apoio financeiro para que as famílias que perderam seus bens possam se reestruturar. O prefeito da cidade, Ary José Vanazzi (PT) entregou um ofício aos representantes do governo solicitando um aporte financeiro de R$ 50 milhões para promover o reassentamento das famílias, recuperar os danos na infraestrutura e modernizar o sistema de contenção de cheias. “Não há nenhum sistema de drenagem urbano que suporte tamanha quantidade de chuva que caiu desde quinta-feira. Vimos que temos poucas condições de fazer algum trabalho de prevenção. O que fizemos foi retirar as famílias”, afirmou. Ele também agradeceu o apoio das equipes de resgate.