A Corregedoria Nacional do Ministério Público (MP) abriu uma representação para analisar a conduta e atitudes de dez procuradores da extinta força-tarefa da operação Lava Jato no Rio de Janeiro. Este é o segundo pedido à corregedoria feito nas últimas duas semanas por alvos da operação. Desta vez, a investigação envolve uma denúncia feita por um dos presos pela força-tarefa, o engenheiro Sérgio Mizrahy, detido na operação Câmbio, Desligo e acusado de atuar com o doleiro Cláudio Souza e Rafael Alves, operador de um esquema que supostamente envolveria o ex-prefeito Marcelo Crivella. Mizrahy alega à corregedoria que foi coagido pelos procuradores fluminenses da Lava Jato a firmar um acordo de colaboração premiada. Na denúncia, o engenheiro pede “verificação de tortura” e “métodos medievais” para forçá-lo a fazer a delação. Segundo ele, os procuradores ameaçaram inclusive prender a sua mulher e filhos e mantê-lo preso por 40 anos.
O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF-RJ) declarou em comunicado que “os fatos narrados são falsos, fantasiosos e carecem de prova, razão pela qual adotarão as providências cabíveis contra os responsáveis na esfera cível e criminal”.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga