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Prefeitura do Rio proíbe uso de celulares nas salas de aula da rede municipal

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), publicou um decreto que regulamenta a proibição do uso de aparelhos celulares dentro das salas de aula das escolas municipais da cidade. Em vigor a partir desta segunda-feira, 7, a decisão está em consonância com o recente Relatório Global de Monitoramento da Educação 2023 da Unesco (agência das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura), que aponta que o uso dos aparelhos celulares pode prejudicar a aprendizagem e a concentração. Durante as aulas regulares, os telefones móveis deverão permanecer no modo silencioso e guardados nas mochilas e bolsas dos estudantes. A iniciativa visa evitar distrações e interrupções durante o processo de aprendizagem. Caso haja descumprimento, o professor pode tomar medidas em sala ou acionar a equipe gestora da unidade. O celular será permitido para os casos em que houver orientação expressa do professor, sempre para fins pedagógicos, tais como pesquisas, leituras e acesso a conteúdos autorizados. Alunos com deficiência ou com problemas de saúde, que necessitam destes dispositivos para monitoramento ou auxílio de suas necessidades, também configuram exceções.

O Relatório da Unesco apontou que o tempo de exposição à tela está associado à piora do bem-estar; menor curiosidade autodisciplina e estabilidade emocional; e, até mesmo, diagnósticos de depressão e ansiedade nas crianças. O uso dos celulares já é proibido em diversos países, entre eles México, Portugal, Espanha, Suíça, Estados Unidos, Holanda, Letônia e Escócia. “O uso dos celulares atrapalha a concentração e prejudica diretamente a aprendizagem. É como se o aluno saísse de sala toda vez que vê uma notificação. Não tem como prestar atenção e aprender de forma plena assim. Além disso, a escola é lugar de socialização e ficar no celular atrapalha a convivência social, deixa a criança isolada em sua própria tela”, afirma o secretário de Educação, Renan Ferreirinha.

A medida também está em sintonia com o apontamento do relatório que trata sobre o papel do poder público: “Os governos precisam garantir as condições certas para permitir o acesso igualitário à educação para todos, regulamentar o uso da tecnologia de modo a proteger os estudantes de suas influências negativas e preparar os professores”.“Temos que ter novas regras para a nova realidade. Hoje, há um uso excessivo dos smartphones e vivemos uma epidemia de distrações. É necessário educar e apoiar as crianças para esse novo tempo. Nesse sentido, regras são fundamentais. Ficar demais no celular é comprovadamente prejudicial e essa nossa medida busca educar os hábitos, com um uso mais consciente e responsável da tecnologia”, pontua Ferreirinha.

 

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