O economista Regis Feitosa Mota morreu no domingo, 13, em Fortaleza, por complicações de três cânceres. Ele era portador da síndrome hereditária Li-Fraumeni (LFS), condição que enfraquece a habilidade das células de controlar diversos sistemas vitais. Nos últimos cinco anos, Regis perdeu três filhos por cânceres causados pela mesma condição. A filha mais nova, Beatriz, faleceu em 2018, aos 12 anos, após ser diagnosticada com leucemia linfoide aguda. O filho do meio, Pedro, faleceu aos 21 anos após lutar quatro anos contra um osteosarcoma. A filha mais velha, Anna Carolina, morreu no ano passado aos 25 anos. Regis estava internado em uma unidade hospitalar em tratamento contra três tipos de câncer: leucemia, linfoma não Hodgkin e mieloma múltiplo. Ele se preparava para realizar um transplante de medula óssea.
A notícia da morte de Regis foi compartilhada nas redes sociais por seu irmão Rogério, e sua namorada, Mariella Pompeu. “Nunca me preparei para esse momento porque sempre tive a convicção da recuperação plena do Régis. É uma dor sem tamanho. O chão se abriu e não sei como serão os dias sem o carinho, o companheirismo e o amor absoluto dele. Agradeço muito todas as orações”, escreveu Mariella.” Nosso guerreiro foi ao encontro dos filhos exatamente no dia dos pais. Que Deus o tenha, meu irmão! Te amamos muito!”, completou Rogério. Portadores da síndrome de Li-Fraumeni têm cerca de 50% de risco de desenvolver câncer antes dos 30 anos, e 90% deles têm câncer antes dos 70 anos. Quando a síndrome se manifesta cedo, os portadores são mais propensos ao surgimento de mais de um tipo de câncer na vida ou de apresentar mais de um câncer quando sentem os sintomas típicos.