A base do governo na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro trabalha para ampliar o escopo de investigação. Os parlamentares defendem que é necessário convocar os envolvidos na suposta venda de presentes recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. De acordo com a PF (Polícia Federal), teriam participado do esquema o general Mauro César Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, que é ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e o advogado Frederick Wassef. Na comissão, foram apresentados pedidos de transferência de sigilo bancário de Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Os dois também são alvos de convocação para comparecer ao colegiado. Ambos negam qualquer irregularidade. O presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), resiste as tentativas de ampliar a atuação do colegiado. Maia defende que a CPMI tem o propósito de investigar acontecimentos do 8 de Janeiro e disse que não vai admitir que a comissão seja transformada em um palco de discussões diferentes a esse objetivo. Nesta terça-feira, 15, o colegiado vai ouvir o fotógrafo da agência Reuters, Adriano Machado, que participou da cobertura jornalística durante as invasões das sedes dos Três Poderes. Parlamentares da oposição, que apresentaram o pedido, avaliam que o fotógrafo aparece em imagens de câmeras de segurança dentro do Palácio do Planalto interagindo com os manifestantes.
*Com informações da repórter Iasmin Costa.