InícioNotíciasPolítica“Sei dos riscos que corro em solo brasileiro”, diz Bolsonaro em Goiás

“Sei dos riscos que corro em solo brasileiro”, diz Bolsonaro em Goiás

Durante solenidade nesta sexta-feira (18/8), na capital goiana, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que sabe “dos riscos que corre em solo brasileiro”. Sem fazer referência às polêmicas envolvendo o caso das joias e o depoimento do hacker Walter Delgatti Neto, Bolsonaro criticou o governo Lula e disse que “passamos por um momentos difícil”.

“Sei dos riscos que corro em solo brasileiro, mas não podemos ceder”, disse.

O ex-presidente foi homenageado na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), onde recebeu o título de cidadão goiano, no plenário da Casa. Em uma segunda homenagem, que começou com um culto, Bolsonaro foi cumprimentado por apoiadores e recebeu honras ao mérito.

Em seu discurso, Bolsonaro lamentou a prisão dos envolvidos com os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Segundo ele, “essas pessoas tiveram a liberdade surrupiada”.

Momento difícil “Somos contra a legalização das drogas, defendemos a liberdade de expressão, mas passamos por um momento difícil que ficará para trás. Outro chegou ao poder, mas isso é passageiro. […] O ex mais querido do Brasil sempre estará ao lado do povo”, disse Bolsonaro a uma plateia inflamada, ao som de “mito”.

Ainda de acordo com o ex-presidente, “o momento servirá como vacina para o povo no futuro”.

Investigação Sem comentar sobre as atuais polêmicas em que está envolvido, Bolsonaro apenas fez referência às turbulências da semana.

Em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro, o hacker Walter Delgatti Neto afirmou que Bolsonaro pediu para que ele invadisse as urnas eletrônicas durante as eleições de 2022. Além disso, o ex-presidente teria oferecido um indulto presidencial ao hacker caso ele fosse preso ou condenado por interferir no processo eleitoral.

“Apareceu a oportunidade da deputada Carla Zambelli, de um encontro com o Bolsonaro, que foi no ano de 2022, antes da campanha. Ele queria que eu autenticasse a lisura das eleições, das urnas. E por ser o presidente da República, eu acabei indo ao encontro”, disse o hacker na oitiva.

Bolsonaro também está no centro da investigação que apura a venda de joias por assessores do ex-mandatário. Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, teria vendido um relógio Rolex para uma loja de luxo nos Estados Unidos.

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