O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), declarou nesta quarta-feira, 16, que o apagão registrado no dia anterior foi causado por uma falha técnica. A falta de energia durou cerca de seis horas e afetou um terço dos consumidores brasileiros, o que representa aproximadamente 39 milhões de pessoas. “Foi erro técnico, falha técnica. Precisa identificar o que foi que aconteceu, e espero que o mais rápido possível nós consigamos dizer à sociedade”, afirmou no programa “Bom Dia, Ministro“, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). O ministro reforçou que o problema não foi causado por insuficiência energética e nem por excesso de demanda. “Não há razão para este apagão. A gente viveu alguns apagões no Brasil em períodos onde tínhamos crise de geração de energia, ou seja, reservatórios de água estavam em baixa. Você tinha mais demanda do que oferta, o que levava ao colapso no sistema”, relembrou. “Não é esse o caso no momento. Nós estamos com sobra de energia. Os reservatórios estão todos cheios, nós temos um parque eólico e solar gerando muita energia. Não há razão nem de oferta nem de demanda”, reforçou.
Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira afirmou que convocará a Polícia Federal e a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) para investigar se houve ação humana no apagão. Ele classificou o evento como “extremamente raro” e afirmou que dará mais detalhes sobre o ocorrido em até 48 horas. “O que aconteceu é extremamente raro, porque nós temos um sistema redundante. Para acontecer um evento dessa magnitude, nós temos que ter tido dois eventos concomitantes, em linhas de transmissão de alta capacidade”, declarou. Segundo o ministro, o apagão teve origem em um “evento” ocorrido no Ceará. Informações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) revelaram que às 8h31 de terça-feira, 15, houve uma “separação elétrica” no sistema interligado. Isso gerou um apagão que durou cerca de 6 horas em todo o Brasil. O Distrito Federal e todos os Estados do país, exceto Roraima, foram afetados.