Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, Manuel Furriela disse que prisão do presidente russo no país é de responsabilidade exclusiva do poder Judiciário
Reprodução/Jovem Pan News
Especialista em relações internacionais Manuel Furriela durante entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News
O professor de direito internacional da FMU e especialista em relações internacionais Manuel Furriela classificou na manhã desta segunda-feira, 11, como “grave” a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Vladimir Putin, mandatário da Rússia, não ser detido caso visite o Brasil para participar da cúpula do G20, em 2024 – o país será sede do encontro. Em entrevista ao canal indiano “Firstpost”, o chefe do Executivo confirmou que o líder russo receberá o convite para a próxima edição. “Acredito que Putin pode ir facilmente para o Brasil. Se eu sou o presidente do Brasil e ele for ao Brasil, não há por que ele ser preso. Ele não será preso”, afirmou Lula. A entrevistadora, então, lembrou que Putin foi condenado, em março, pelo Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra. Mesmo o Brasil sendo signatário do tribunal, o presidente brasileiro descartou emitir mandado de prisão contra o russo. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, Manuel Furriela disse que Lula corrigiu um erro com outro. “Teve primeiro uma colocação equivocada em termos do Brasil descumprir um tratado. O outro problema tão grave quanto o primeiro foi falar que se ele [Putin] aparecer seria decisão dele [Lula] determinar que Putin não seria preso no Brasil. O cumprimento daqueles que têm condenação no tribunal e entrem no nosso território é do poder Judiciário, não é do poder Executivo, representado pelo presidente da República”, comentou. Na manhã desta segunda, Lula recuou sobre sua fala e disse que a decisão dependeria da Justiça. “Quem toma a decisão de prendê-lo é a Justiça. Não é nem o governo, nem o Congresso Nacional”, disse, em entrevista coletiva em Nova Délhi, na Índia.
Confira a íntegra da entrevista com o especialista em relações internacionais Manuel Furriela: