Às vésperas de viajar para a Assembleia Geral da ONU, em Nova York, onde vai reforçar seu discurso de combate às mudanças climáticas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lança um programa com ações para reduzir o uso de combustíveis fósseis e estimular a chamada economia verde. O programa Combustível do Futuro é lançado nesta quinta-feira (14/9) por Lula e pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Os anúncios em Brasília contemplam ações que o próprio governo pode decidir e o envio de projetos ao Congresso. A ideia central é tornar a matriz energética do país menos poluente, reduzindo a participação nela de combustíveis fósseis, como os derivados do petróleo e do gás.
Lula pretende, com o Combustível do Futuro, reforçar acordo feito durante o G20 com Estados Unidos e Índia por uma Aliança Global de Biocombustíveis. O governo brasileiro quer ainda reduzir o tom das cobranças por insistir na ideia de explorar novos poços de petróleo no litoral amazônico.
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Entre as medidas anunciadas estão o aumento do ritmo de elevação do etanol na gasolina dos atuais 27,5% para 30%; o aumento do biodiesel no diesel para 15% até 2024 (estava previsto para 2026) e o Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação (ProBioQAV), que prevê metas progressivas para, até 2037, reduzir em 10% as emissões de gases-estufa no setor aéreo. Isso será feito com o aumento na mistura de combustível sustentável de aviação (SAF) ao querosene tradicionalmente usado.
O governo propõem ainda uma lei para regulamentar a captura e estocagem de gás carbônico em depósitos geológicos subterrâneos. Dessa forma, o gás que atua para acelerar as mudanças climáticas seria preso embaixo da terra e não liberado na atmosfera.