O deputado estadual Tomé Abduch (Republicanos) pediu “ação forte” do TJ (Tribunal de Justiça) e do MP (Ministério Público) para acabar com a Cracolândia de São Paulo. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, o parlamentar disse que o “problema” começa pela audiência de custódia. De acordo com o republicano, a maioria das pessoas que são presas na região, em menos de um dia são soltas. “O grande problema é a audiência de custódia. A maioria das pessoas que são presas, algo na casa entre 45% e 55%, são soltas no dia seguinte. Então imagina só a população que está na região vendo uma pessoa ser presa por estar cometendo um crime e no dia seguinte retornando para as ruas. E outro dado que surpreende é que das pessoas que continuam presas, no momento que elas têm o processo devidamente finalizados, acabam saindo em liberdade provisória e voltam para as ruas. Então se não tivermos uma ação forte do Tribunal de Justiça e do Ministério Público dificilmente vamos acabar com esse problema”, destacou.
Hoje, um projeto de lei do Executivo, que está em tramitação na Câmara de São Paulo, prevê a isenção de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) para imóveis na região da Cracolândia. De acordo com o texto, o benefício será concedido para imóveis residenciais e comerciais localizados em um território que abrange as ruas Guaianazes, dos Gusmões, dos Protestantes, Conselheiro Nébias, General Couto de Magalhães e Vitória, com objetivo de amenizar os impactos negativos causados pelo fluxo de dependentes químicos. “As pessoas estão aterrorizadas com o que acontece lá. Imagina ter um comércio e há muitos anos não o ter funcionando”, acrescentou Tomé Abduch.
Confira a íntegra da entrevista com o deputado estadual Tomé Abduch (Republicanos):
Leia também
MEC estuda criar auxílio para estudantes de baixa renda no ensino médio, afirma ministro
Governo Lula é aprovado por 48% e reprovado por 45% dos brasileiros, diz pesquisa