Foto: Ricardo Stuckert/PR
O jornalista Marcos Uchoa, o ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, e o presidente Lula 17 de outubro de 2023 | 19:07
O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, anunciou que o governo Lula pretende retomar projeto de manter uma TV Brasil internacional em 2024. O canal teria como foco a divulgação do País no mundo e já conta com o apoio da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), comandada por Marcelo Freixo.
Em entrevista nesta terça-feira, 17, o ministro não falou em custos do projeto, mas disse que a ideia surgiu por um “ressentimento”, como classificou, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas viagens internacionais.
“O presidente Lula, nas viagens internacionais, se ressente muito porque ele não encontra conteúdo que mostra o Brasil e divulga as coisas do Brasil”, afirmou. “Ele tem muita vontade, desejo, de que a gente possa voltar a ter um espaço de divulgação do Brasil.” Pimenta disse já ter conversado com Freixo sobre o interesse da Embratur no projeto. Segundo ele, a agência tem vontade de ampliar a rede de televisão brasileira.
Segundo o ministro, o avanço nas tecnologias fez com que seja mais barato e viável pensar no canal internacional.
As declarações ocorreram após a solenidade em que a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) assinou a expansão da Rede Nacional de Comunicação Pública. O anúncio dos novos contratos foi feito no auditório do Palácio do Planalto e contou com os ministros Camilo Santana (Educação), Juscelino Filho (Comunicação) e Pimenta.
O acordo é para 32 universidades federais retransmitirem conteúdo das emissoras da EBC. A estatal de comunicação dará suporte técnico e capacitação às instituições de ensino. Diversas universidades têm emissoras de rádio e TV. É comum mesclar produções locais, conteúdos em domínio público e programas da EBC para completar a grade.
De acordo com o comunicado divulgado pelo governo federal, 7 universidades fecharam acordos para retransmissão de conteúdo televisivo, 10 instituições acordaram conteúdo radiofônico e, para 15 universidades, o acerto inclui as duas mídias.
Sofia Aguiar/Caio Spechoto/Estadão