O Exército puniu administrativamente 17 militares do Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP) por falha de conduta e erro de procedimento nos processos de fiscalização e controle de armamento. A informação é do Comando Militar do Sudeste (CMSE). A decisão foi tomada após o furto de 21 armas da organização militar situada em Barueri, na Região Metropolitana de São Paulo. A Jovem Pan questionou o CMSE sobre qual seria a punição e por quanto tempo ele deve ser cumprida, mas não obteve o retorno. O espaço será atualizado assim que houver uma manifestação. Na terça-feira, 24, o órgão informou que nenhum militar está aquartelado. Todos cumprem o expediente normalmente. A liberação, segundo o CMSE, ocorreu em virtude da evolução das investigações. “No contexto da apuração criminal, os possíveis crimes cometidos, à luz do Código Penal Militar, são: furto; peculato; receptação; e desaparecimento, consunção ou extravio. A qualificação dos crimes compete ao Ministério Público Militar”, disse o CMSE. Um Inquérito Policial Militar está em curso. Após o ocorrido, o Exército anunciou a nomeação do coronel Mário Victor Vargas Júnior como o novo diretor do Arsenal de Guerra de São Paulo. O tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista foi exonerado do cargo após o furto. De acordo com informações fornecidas por oficiais que acompanham o caso, acredita-se que o roubo tenha ocorrido durante o feriado do Dia da Independência, em 7 de setembro, quando o quartel estava com baixo efetivo. As metralhadoras furtadas incluem 13 de calibre .50 (antiaéreas) e oito de calibre 7,62. Os militares que estavam de plantão durante o feriado estão entre os suspeitos, e o Exército pretende tomar medidas disciplinares internas contra os responsáveis pelo controle do armamento, que só perceberam o furto mais de um mês após o ocorrido. O Exército afirma que as 21 metralhadoras furtadas estavam “inservíveis” e aguardavam manutenção no depósito de Barueri. O secretário de Segurança Pública de São Paulo (SSP), Guilherme Derrite, disse que as metralhadoras apreendidas em São Roque, no interior paulista, seriam negociadas com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e para o Comando Vermelho (CV), as duas maiores facções criminosas do país. Nesta madrugada, a Polícia Civil recuperou nove armas que haviam sido furtadas do Arsenal de Guerra de São Paulo, em Barueri, após interceptar uma quadrilha especializar na comercialização ilegal deste tipo de equipamento. Após troca de tiros, os criminosos fugiram, mas deixaram para trás nove metralhadoras (cinco .50 e quatro fuzis de calibre 7,62), encontradas em um lamaçal. “Elas tinham endereço certo. A informação que se tem é que tanto Comando Vermelho quanto PCC seriam os destinatários finais desse armamento”, declarou Derrite. Até o momento, 17 armas foram recuperadas.