Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
O ministro da Justiça, Flávio Dino 31 de outubro de 2023 | 13:18
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, reafirmou nesta terça-feira (31) que as Forças Armadas não atuarão nas ruas do Rio de Janeiro, mas que os militares vão trabalhar em portos, aeroportos e fronteiras para conter a escalada de violência no estado.
O ministro disse que em reunião realizada nesta manhã com o ministro da Defesa, José Múcio, ficou definido que o Exército deve atuar na faixa de fronteira terrestre e a Marinha na Baía de Guanabara e no Porto de Santos.
“O Rio não tem [fronteira terrestre], mas estados próximos que são vitais para o crime organizado do Rio de Janeiro têm [faixa de fronteira], como Paraná, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.”
Sobre o uso de integrantes da Marinha, Dino afirmou que já houve ampliação do efetivo em atuação na baía de Guanabara. O objetivo é atacar o uso do litoral e dos portos para escoamento do tráfico para o exterior, que é um das principais fontes de renda das facções e do crime organizado que atua no estado.
“A Marinha intensificando sua atuação na baía de Guanabara. Estamos conversando sobre o canal de acesso ao porto de Santos, é um debate correlacionado e ainda não definido, mas é um a possibilidade, porque há uma integração entre as forças criminosas que atuam no Rio de Janeiro com a Baixada Santista”, disse Dino.
De acordo Dino, atualmente a Marinha não atua na parte “terrestre” dos portos, fazendo a fiscalização, mas o governo debate e aguarda posição do presidente Lula (PT) para emprega a Força nesse tipo de trabalho.
Sobre a Força Aérea, Dino disse que eles devem atuar nos aeroportos e também apoiando o Exército no controle das fronteiras terrestres.
“E, no caso da Aeronáutica, essa dupla atuação. Em aeroportos, nós sabemos que Guarulhos e Galeão são relevantíssimos para o fluxo do crime organizado –evidentemente há outros aeroportos, mas agora a prioridade é apoiar o Rio de Janeiro. E a Aeronáutica também apoiando o Exército no que se refere à faixa de fronteira”, afirmou.
Julia Chaib e Raquel Lopes, Folhapress