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Prefeito de São Paulo pede cancelamento de contrato com a Enel

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou nesta quarta-feira, 16, que solicitou à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) o cancelamento do contrato com a Enel, empresa responsável pelo fornecimento de energia na capital e em 23 municípios da Grande São Paulo. A decisão foi tomada após uma série de quedas de energia nos últimos dias. No dia 3 de novembro, em razão de um temporal, cerca de 2,1 milhões de clientes sem luz. A Enel levou uma semana para restabelecer o fornecimento para todos os afetados. Nesta quarta-feira, 15, quase 290 mil foram afetados por nova queda, causada por um temporal que atingiu a capital. Segundo o balanço mais recente, divulgado às 17h, a Enel restabeleceu o fornecimento de energia para cerca de 93% dos clientes – ou seja, 20 mil unidades continuam às escuras. “Não tem mais condições de a Enel permanecer aqui em São Paulo. É inaceitável ter uma empresa como essa, que não tem um pingo de respeito com a população e deixou as pessoas sem energia quase uma semana”, afirmou o emedebista em agenda na zona sul de São Paulo. “O que pedi para a Agência Nacional de Energia Elétrica é para que cancelasse o contrato com a Enel. Não é só por conta dessas chuvas que aconteceram, as rajadas de vento do dia 3 de novembro. A gente já vinha há muito tempo discutindo com a Enel uma série de questões. Eu tenho, por exemplo, cinco Unidades Básicas de Saúde (UBS) que estão prontas aguardando a Enel fazer a ligação de energia, tenho um conjunto habitacional para inaugurar na Vila Olimpia, que não conseguimos inaugurar porque a Enel não faz ligação de energia”, acrescentou.

Além disso, o prefeito destacou que os problemas com os serviços da Enel não se limitam apenas ao episódio do temporal, mas também ocorrem no dia a dia, como a falta de podas de árvores que estão em contato com a fiação elétrica. Diante da situação, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) também irá investigar a Enel por possível omissão no restabelecimento da energia elétrica. As fortes chuvas e ventos causados pelo temporal resultaram na morte de oito pessoas e causaram diversos estragos na cidade. A demora no restabelecimento do fornecimento de energia elétrica gerou insatisfação por parte dos consumidores afetados, que ficaram sem luz por vários dias. Ricardo Nunes ressaltou a importância de uma prestação de serviço eficiente por parte da concessionária responsável pelo fornecimento de energia elétrica na região. Ele destacou que a falta de podas de árvores que estão em contato com a fiação elétrica é um problema recorrente e que precisa ser solucionado. A solicitação de cancelamento do contrato com a Enel visa garantir um serviço de qualidade para a população e evitar transtornos futuros. A Enel, por sua vez, ainda não se pronunciou sobre o pedido de cancelamento do contrato feito pelo prefeito. A empresa enfrenta agora não apenas a insatisfação dos consumidores afetados pelo temporal, mas também a investigação do Ministério Público. Resta aguardar os desdobramentos dessa situação e as medidas que serão tomadas para garantir um fornecimento de energia elétrica mais eficiente e seguro para a cidade de São Paulo e região metropolitana.

Como a Jovem Pan mostrou, em depoimento à CPI da Enel, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), o presidente da Enel, Nicolas Cotugno, pediu desculpas pelo novo apagão que atingiu especialmente as regiões norte e oeste da cidade. “Conseguimos chegar hoje, às 7h, com redução [da falta de energia] em 70%. Ontem tivemos 652 equipes trabalhando, quatro vezes mais que o normal. Reduzimos hoje para 80 mil. E, no final do dia e começo da noite, normalizamos a todos”, disse. A Defesa Civil do Estado de São Paulo, por meio do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), emitiu alerta de tempestades e rajadas de vento intensas com validade entre sexta-feira, 17, e domingo, 19. A soma do calor com a umidade proveniente da Amazônia e a passagem de uma frente fria criarão condições para pancadas de chuva forte no Estado. Além disso, existem condições para temporais, seguidos por raios, granizo e rajadas de vento intensas. As rajadas de vento poderão variar entre 60 e 80 km/h, podendo alcançar, antes ou durante as chuvas, até 100 km/h.

 

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