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Lula repete aproximação com evangélicos e chama Bolsonaro de facínora

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmou sua fé, nesta sexta-feira (15/12), um dia após mencionar a felicidade por ter um “ministro comunista” no Supremo Tribunal Federal (STF). Em evento para entrega de obra no Espírito Santo, o chefe do Executivo assumiu tom eleitoral no discurso, tentou se aproximar do eleitorado evangélico, e fez críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a quem chamou de “aquela coisa” e “facínora”.

“A gente vai provar que o que resolve o problema de um povo não é a instigação do ódio usando a boa-fé do povo evangélico para mentir, dizendo que a gente ia fechar igreja, fazer banheiro unissex, eles têm que saber: se tem um cara nesse país que acredita em Deus é esse que está vos falando aqui”, afirmou Lula.

Em pronunciamento na semana passada, o petista reiniciou uma aproximação com esse público, visando as eleições municipais de 2024.

Segundo o presidente, “somente Deus” poderia assegurar o sucesso de sua vida, após nascer em uma família pobre. “Esse filho que não teve diploma de universidade é o mais eleito desse país, isso só pode ser coisa de Deus, não está escrito nos livros”, disse.

“Quero provar mais uma vez que o metalúrgico pode fazer pelo país o que em 500 anos a elite não fez”, falou. Lula, no entanto, ressaltou ser importante não brigar com outros partidos. “Nós precisamos trabalhar com eles no Congresso, vamos disputar na eleição, depois preciso governar”.

“Não deixe a mentira vencer a verdade, não fique com medo dos desaforados, não fique com medo do garganta, do cara que acha que pode, do cara que bate em mulher”, afirmou.

Críticas a Bolsonaro Sem citar o nome do ex-presidente (a quem definiu como “aquela coisa”), Lula questionou quantas obras Bolsonaro entregou ou quantas instituições de ensino foram abertas no governo anterior.

“Se alguém souber, me conte, porque em todos os estados que eu vou, eu pergunto para todo mundo se alguém lembra de uma obra que aquela coisa inaugurou”, disse o chefe do Executivo. Lula falou ter assumido a Presidência em “uma situação inusitada”.

“Faltava dois meses para a gente começar a governar esse país e não tinha sequer orçamento para administrar 2023, ainda colocamos na PEC de Transição dinheiro para pagar a conta dele, um cidadão que não merecia nenhum respeito”.

Segundo o petista, Bolsonaro não inaugurou obras, mas “inaugurou o ódio entre filhos, pais, as mais deslavadas mentiras, tem família que não conversa mais por causa de um facínora que pregou ódio por quatro anos”.

Obra Lula entregou a obra do Contorno do Mestre Álvaro, no Espírito Santo, para aliviar o trânsito na BR-101. A construção custou R$ 500,9 milhões e teve apoio do Novo PAC, projeto criado pelo chefe do Executivo.

O empreendimento tem quase 20 quilômetros e corta a distância entre Serra e Cariacica. A expectativa é impactar cerca de 2 milhões de moradores da região facilitando o trânsito e evitando acidentes.

No mesmo evento, também foi lançado o Correios Móvel Veicular, uma agência itinerante para atender a locais mais distantes e ampliar as entregadas no país. O teste será implementado no município de Castelo (ES).

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