Se três jovens inocentes israelenses, todos reféns do Hamas na Faixa de Gaza, foram mortos pelas Forças de Defesa de Israel porque pareceram uma ameaça, imagine quantos palestinos já não foram mortos pela mesma razão – um trágico engano?
Aconteceu em Shejaiya, comunidade densamente povoada no Norte de Gaza que os militares israelenses identificaram como um reduto do Hamas. Toda a Faixa de Gaza, onde viviam mais de 2,3 milhões de palestinos, é reduto do Hamas.
O grupo governa o enclave desde 2006 quando ganhou as eleições. Israel passou a financiar o Hamas, acreditando que ele não lhe faria mal e que até poderia se tornar um precioso aliado. Então, o Hamas invadiu Israel em 7 de outubro.
Os Estados Unidos, que financiam a guerra, pedem a Israel que a suspenda porque a matança está demais. Quase 20 mil palestinos morreram sob o efeito de “bombas idiotas”, tal é sua imprecisão. Israel recusa-se a parar a guerra.
Yoav Gallant, ministro da Defesa de Israel, disse a Jake Sullivan, conselheiro da Casa Branca, que seu país levará meses para acabar com o Hamas. A fome em Gaza faz as pessoas atacarem os caminhões com ajuda humanitária.
Acabar com o Hamas é promessa do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu. Por saber que o fim da guerra significará o fim do seu governo, Netanyahu quer prolongá-la com a esperança de que um milagre o salve.
O apoio dos palestinos ao Hamas quase dobrou desde o 7 de outubro, segundo pesquisa de opinião feita pelo Centro Palestino para Estudo de Política e Pesquisa. Subiu de 22% para 43% entre setembro e início de dezembro.
A pesquisa também perguntou aos entrevistados se eles acreditavam que o Hamas estava certo em promover os ataques de 7 de outubro. Em Gaza, 57% dos palestinos disseram que sim, na Cisjordânia essa porcentagem é de 82%.