Um médico investigado por 42 mortes no Rio Grande do Sul foi preso em Caçapava, no interior de São Paulo. Ele trabalhava em um hospital municipal filiado ao Sistema Único de Saúde (SUS). João Couto Neto teria se mudado para São Paulo no início do ano e se inscreveu no Conselho Regional de Medicina do Estado. Em seguida, passou a procurar empregos para conseguir atender pacientes no SUS. No ano passado, a Justiça proibiu o médico de realizar procedimentos cirúrgicos por um perído de 6 meses, prazo que foi estendido por mais 4 meses neste ano. Ele passou a ter autorização a partir de outubro, mas segundo a defesa do advogado, desde então, ele não realizou procedimentos cirúrgicos. Na última terça-feira, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul indiciou o investigado por homicídio doloso, baseado na conclusão de três inquéritos. Segundo a corporação, ele realziava procedimentos médicos desnecessários e sem um protocolo sanitário. Até o momento, 156 casos são investigados pela polícia. Esse casos incluem dilaceração de órgãos, perfurações no intestinos e cortes desnecessários. A defesa afirmou que entrará com pedido de habeas corpus para tentar reverter a decisão.
*Com informações da repórter Letícia Miyamoto