Em recomendação feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde planeja disponibilizar a vacina contra a dengue, inicialmente, para as pessoas entre 6 e 16 anos. A estratégia foi aprovada nesta segunda-feira, 15, durante uma reunião da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI). No entanto, a medida ainda precisa ser aprovada pela Comissão Intergestores Tripartite (CIT), que irá definir as áreas de distribuição e o público-alvo exato. Embora as crianças pequenas e os idosos sejam os grupos mais vulneráveis aos casos graves e mortes por dengue, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) indica que a vacina Qdenga é recomendada para pessoas com mais de quatro anos e adultos com até 60 anos. Não há estudos que avaliem a eficácia e a segurança da vacina em pessoas fora dessa faixa etária. A imunização contra a dengue será incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de fevereiro deste ano, porém, neste primeiro momento, não será utilizada em larga escala.
Segundo o diretor, o país terá doses disponíveis para vacinar cerca de 3 milhões de pessoas neste ano. O objetivo é identificar qual grupo apresenta maior taxa de hospitalização e qual terá um impacto mais significativo com a vacinação. Desde que a vacina Qdenga foi aprovada pela Anvisa em março de 2023, o governo tem sido questionado nas redes sociais sobre a demora em disponibilizá-la pelo SUS. Atualmente, a vacina só está disponível na rede privada, com preços que variam de R$ 300 a R$ 800 por dose.