O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mario Luiz Sarrubbo, está prestes a assumir a Secretaria Nacional de Segurança Pública no Ministério da Justiça, durante a gestão de Ricardo Lewandowski. Sarrubbo teve uma reunião reservada com Lewandowski e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, na semana passada. Agora, ele está acertando os detalhes do cargo e aguardando o anúncio oficial da equipe que o acompanhará ao Ministério da Justiça. Caso seja confirmado como secretário nacional de Segurança Pública, Sarrubbo deve levar para a pasta seu estilo de combate firme ao crime organizado. Durante seus mandatos como procurador-geral de Justiça, ele fortaleceu o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado, que tem como foco organizações envolvidas com tráfico de drogas e armas, lavagem de dinheiro e corrupção.
A expectativa é que Sarrubbo leve essa experiência para a Secretaria Nacional de Segurança Pública, que tem como função auxiliar o ministro na implementação da Política Nacional de Segurança Pública e dos Programas Federais de Prevenção Social e Controle da Violência e Criminalidade. O secretário também é responsável por promover a integração das forças policiais nos Estados e definir metas de combate à criminalidade. Atualmente, a pasta é chefiada por Francisco Tadeu Barbosa de Alencar, ex-deputado federal. Caso a saída de Sarrubbo da Procuradoria-Geral de Justiça se concretize, o cargo será assumido interinamente por Fernando José Martins, decano do Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo.
O mandato de Sarrubbo como procurador-geral de Justiça termina em abril, quando serão realizadas as eleições internas para escolher uma lista tríplice de candidatos à sua sucessão. Caberá ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) escolher um dos nomes indicados pelos pares. Atualmente, três procuradores estão na disputa: Paulo Sérgio Oliveira e Costa, José Carlos Cosenzo e Antônio Carlos da Ponte. Paulo Sérgio e Cosenzo são apoiados por Sarrubbo, enquanto Da Ponte representa a oposição. Se aceitar o cargo no Ministério da Justiça, Sarrubbo terá que se aposentar do Ministério Público. Ele atua no órgão há mais de 30 anos. Durante sua gestão implementou a política da Tríplice Vertente de combate às organizações criminosas, que visa enfrentar o crime organizado, a lavagem de dinheiro e a corrupção de agentes públicos. Além disso, Sarrubbo é professor de direito penal, lecionou em diversas instituições e possui uma coleção de medalhas de participação em corridas.