Dados divulgados pelo secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, mostram que a cidade enfrenta uma epidemia de dengue. Apenas em um dia de janeiro, o Rio bateu o recorde de 362 pessoas internadas, a maior quantidade desde que os registros começaram em 1974. No mês de janeiro deste ano, a cidade registrou cerca de 10 mil casos da doença, o que representa quase metade de todos os casos de 2023. A taxa de incidência foi de 160,68 por 100 mil habitantes. Até o momento, não há confirmação de mortes, mas três óbitos estão sendo investigados. Uma preocupação das autoridades é que a curva de casos está se inclinando rapidamente, superando incidências de epidemias passadas. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, projeta um cenário ainda pior para 2024.
O aumento de temperatura e a grande quantidade de chuva são apontados como os principais fatores para o aumento dos casos de dengue. O mosquito se reproduz mais rapidamente em ambientes quentes e a água acumulada durante as chuvas cria mais focos de desenvolvimento do mosquito. Diante dessa situação, a prefeitura do Rio anunciou uma série de medidas de prevenção e combate à dengue. Serão abertos 10 polos de atendimento, além de 150 centros de tratamento e hidratação em unidades de saúde. A vistoria compulsória em imóveis fechados ou abandonados também será realizada.
O prefeito Eduardo Paes fez um apelo à população para que se mobilize e colabore no combate à dengue. Os principais sintomas da doença são febre alta, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, mal-estar e manchas vermelhas pelo corpo. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações e óbitos. O governo federal anunciou o lançamento de um Centro de Operações de Emergência para controle da epidemia e a distribuição da vacina contra a dengue para os municípios selecionados começará na próxima semana. A vacinação será priorizada para jovens de 10 a 14 anos, faixa etária com maior número de hospitalizações. A expectativa é que cerca de 3,2 milhões de pessoas sejam imunizadas ao longo do ano. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, ressalta que a vacina é uma esperança, mas não a solução definitiva para a epidemia.
Publicado por Adrielle Farias
*Reportagem produzida com auxílio de IA