A Polícia Federal deflagrou a operação Nero II nesta quinta-feira, 29, para investigar a tentativa de invasão ao prédio da corporação em dezembro de 2022, além de danos e incêndios contra o patrimônio público e privado. Quatro mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Rondônia, São Paulo e Distrito Federal, autorizados pelo STF. Os alvos da operação são investigados por diversos crimes, como dano qualificado, incêndio majorado, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. As penas somadas chegam a 34 anos de prisão. No dia da tentativa de invasão, manifestantes buscavam resgatar o indígena José Acácio Serere Xavante, que estava sob prisão temporária. Ele foi apontado como um dos participantes de atos realizados após as eleições, incluindo um protesto em frente ao hotel onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estava hospedado durante a transição de governo.
Após confrontos com a polícia, os manifestantes incendiaram ônibus e carros, depredaram postes de iluminação e tentaram derrubar um ônibus de um viaduto. As cenas de violência ocorreram no dia da diplomação de Lula, em 12 de dezembro. A segurança foi reforçada no local após os incidentes, e a praça dos Três Poderes foi fechada temporariamente. Os manifestantes, após serem repelidos pela polícia em frente ao edifício da PF, seguiram para outras vias da cidade, onde continuaram os atos de vandalismo. A operação Nero II visa identificar e responsabilizar os envolvidos nos crimes cometidos durante a tentativa de invasão e nos atos de violência em Brasília.
Publicada por Felipe Cerqueira
*Reportagem produzida com auxílio de IA