Por volta das 15h00, desta terça-feira, 24 de dezembro, um grave acidente envolvendo uma carreta carregada de feijão deixou dois mortos e dois feridos. O acidente ocorreu na BA 001 (rodovia que liga Alcobaça à Caravelas). Dentro da carreta, de placa policial MCL 0469 (licenciado do Paraná), estava o motorista e seu filho. Os dois tiveram algumas lesões e foram socorridos pelo SAMU ao HMTF. Em cima da carreta estavam sendo transportados dois homens que iriam descarregar o material – os chamados “chapas”.
É muito comum, carreteiros fazerem este tipo de transporte irregular de passageiros em cima de cargas. A Resolução n° 82 do CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito), em seu Art. 1o, trata sobre o transporte de passageiros em veículos de carga e autoriza o mesmo, desde que seja eventualmente e a título precário e que atenda aos requisitos estabelecidos nesta Resolução. Mas, em nenhum momento a Resolução autoriza o transporte de passageiro, sem que o veículo seja adaptado – e no caso citado (em cima da carga), em hipótese alguma deve ser feito.
O veículo perdeu o controle em uma curva e tombou. Os dois chapas foram parar debaixo da carreta e teve seus corpos esmagados pelo veículo, morrendo no local do acidente. O delegado titular de Alcobaça, Dr. Robson Marocci e sua equipe estiveram no local e fizeram o levantamento cadavérico. Os peritos do Departamento de Polícia Técnica, Dr. Manuel Garrido e Sandro de Abreu, efetuaram a perícia de local de ação violenta (acidente). O laudo com a dinâmica do acidente deverá ficar pronto nos próximos 30 dias.
Após a perícia, os corpos foram removidos ao IML de Teixeira de Freitas, onde passará por exames de necropsia e após serem identificados, serão liberados aos familiares para velório e sepulto. Nenhuma das vítimas apresentavam documentos e a Polícia Civil aguarda o comparecimento de parentes para fazer o reconhecimento dos corpos. Um inquérito policial foi instaurado para apurar responsabilidades e o delegado Marocci aguardará os laudos do DPT (necropsia e local) para a devida conclusão do inquérito.
Por: Petrina Nunea/Liberdadenews