Um Flamengo mutante dentro de uma mesma partida para ter sucesso na Libertadores. Esse é o desejo de Alecsandro. E quando o assunto é a principal competição do continente, o atacante sabe do que fala. Campeão com o Internacional e o Atlético-MG, ele comentou a expectativa faltando 15 dias para a estreia, dia 12 de fevereiro, contra o León, no México, e enumerou os ensinamentos aprendidos com a experiência que tem na competição.
O discurso chega a ser batido a respeito das diferenças culturais que uma competição com equipes de 11 países normalmente tem. Alecsandro, por sua vez, foi objetivo ao dizer que o Flamengo deve se adaptar a realidade dos rivais quando não tiver a posse de bola e seguir a escola brasileira quando tiver que atacar.
– Libertadores é diferente porque não é disputada no Brasil. Vamos jogar na Argentina, Equador… São escolas diferentes da nossa, que é mais de técnica, drible, jogo bonito… O Equador é de força, porrada. É diferente. Temos que jogar o futebol brasileiro com a bola e sem a bola jogar o futebol deles, de porrada, de brigar em campo, sujar o uniforme. Até os árbitros são diferentes e temos que ter essa consciência.
O futebol do Equador citado pelo atacante conta com o Emelec na chave do Flamengo, que tem ainda o próprio Léon e o Bolivar, da Bolívia. Enquanto a Libertadores não chega, Alecsandro alerta também para importância de marcar pontos no Carioca. De acordo com o atacante, o encaminhamento de uma classificação antecipada para as semifinais seria importante para que as atenções se voltem completamente para disputa internacional a partir da estreia.
– É a maior competição da América. Estamos conseguindo jogar o Carioca e ter tranquilidade para trabalhar a Libertadores. Os meninos que entraram deram uma resposta boa, mas se jogarmos o Carioca pensando na Libertadores vamos nos atrapalhar. É um jogo difícil (contra o Friburguense), fora de casa, e uma vitória pode nos dar tranquilidade até para sonhar com uma classificação e começar a Libertadores com foco total.
Vice-líder da Taça Guanabara, com sete pontos, o Flamengo tem mais quatro compromissos até a Libertadores: contra Friburguense, Macaé, Boavista e Fluminense. Neste período, Jayme de Almeida ainda não revelou se irá manter o time titular para pegar ritmo de jogo. Alecsandro, por sua vez, evitou fazer campanha para jogar e deixou a decisão a cargo da comissão técnica para que o Rubro-Negro chegue ao México com força total.
– Jogador quer sempre jogar, mas hoje temos o recurso da tecnologia, vários testes, várias coisas. Às vezes, achamos que o melhor para pegar ritmo é jogar e não é. Devemos descansar, fazer um treino individualizado. Já fizemos testes que individualizam a potência, a fadiga, quem está cansado… Isso faz com que o treinador consiga tirar o melhor do jogador.
Nesta quarta-feira, às 17h (de Brasília), Flamengo e Friburguense se enfrentam no Eduardo Guinle, em Nova Friburgo, pela quarta rodada da Taça Guanabara. A tendência é que o Rubro-Negro entre em campo com força máxima e repita a escalação da partida contra o Duque de Caxias, sábado.
Por | Globo Esporte