Empresário de grupo acionista de Banco Luso Brasileiro doa para Nunes

0
184
empresario-que-comanda-banco-luso-brasileiro-doa-para-ricardo-nunes

empresario-que-comanda-banco-luso-brasileiro-doa-para-ricardo-nunes

Dono do Grupo Mônaco, que é dos principais acionista do Banco Luso Brasileiro, e com diversas empresas do setor automotivo, o empresário Rui Denardin entrou para a lista de doadores da campanha do prefeito Ricardo Nunes (MDB) em São Paulo.

Denardin doou R$ 100 mil para o emedebista na segunda-feira (14/10). Com o montante, ele fica atrás apenas de Antonio Setin, fundador da Setin Incorporadora, na lista de maiores doadores da campanha de Ricardo Nunes.

O grupo controlado por Denardin é uma holding focada especialmente no segmento automotivo. Em 2022, o Grupo Mônaco adquiriu 50% das ações e entrou para a lista de acionistas o Banco Luso Brasileiro.

Entretanto, em 2015, sete anos antes de Denardin entrar no negócio, o banco realizou uma série de financiamentos para microempresários em São Paulo que o fizeram ser citado pelo MP-SP no esquema da Máfia dos Transportes.

O motivo da citação foi que o banco liberou crédito para 89 microempresários com a emissão de cheques administrativos nominais para cada um deles. Cada cheque correspondia a um ônibus, com número de chassi registrado.

Os microempresários, todos eles prestadores de serviço da Transwolff, fizeram depósitos a uma holding que teve como sócios Luiz Carlos Efigênio Pacheco, o Pandora, donos da companhia de transportes.

A empresa de ônibus é acusada de lavar dinheiro para a facção criminosa PCC. Desde então, o banco realizou auditorias internas para avaliar a situação e ainda passou por quatro auditorias regulares do Banco Central.

Máfia dos Transportes

Segundo investigação, o PCC aportou R$ 54 milhões, obtidos com tráfico de drogas e outros crimes, para permitir que a Transwolff participasse da licitação do transporte público na capital paulista, segundo investigação do MPSP, no âmbito da Operação Fim da Linha.

Dez pessoas ligadas à empresa, entre elas o Pandora, são acusadas de organização criminosa, extorsão, lavagem de capitais e apropriação indébita.

Na ocasião, o banco foi procurado pelo Metrópoles. Em nota, o Luso Brasileiro afirmou que “desconhece a existência de qualquer investigação a respeito de suas atividades por parte de autoridades regulatórias”.

“A atitude do banco em seu relacionamento corrente com órgãos reguladores é de cooperação ativa e transparência total. Respeitamos e valorizamos a missão das autoridades na promoção de um mercado financeiro cada vez mais eficiente e seguro para a sociedade que servimos. Todos os nossos processos internos são regularmente atualizados para estar em linha com essa missão”, concluiu.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui