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Barroso reforça que juízes utilizem linguagem simples em tribunais do país: “Tem que ser capaz”

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, reforçou, nesta segunda-feira (21), que magistrados utilizem linguagem simples no Judiciário brasileiro ao se comunicarem. A declaração aconteceu durante entrevista à imprensa, após o I Seminário de Linguagem Simples, em Salvador. 

Questionado pela reportagem do Bahia Notícias sobre como os magistrados que têm resistência em utilizar uma linguagem simples no judiciário devem se comportar, Barroso reforçou a necessidade de uma mudança na cultura da área.

“A gente tem que, docemente, abrir mão dos valores que vão se tornando ultrapassados. E, portanto, a compreensão, a frase boa do Leonardo da Vinci, de que a simplicidade é o máximo da sofisticação. Não é mais falar rebuscado, e sim falar simples. Só que isso exige foco e dedicação. A frase boa da Clarice Lispector, a simplicidade dá muito trabalho. Portanto, para você ser simples, você tem que focar, você tem que se colocar no lugar do outro e falar de uma maneira que ele seja capaz de entender. A minha mensagem seria parafraseando o Leonardo da Vinci: a simplicidade é o máximo da sofisticação”, observou. 

O ministro do STF comentou ainda que o judiciário precisa possuir a capacidade de se “comunicar com as sociedades”. 

“Então, a comunicação humana, aliás, é um traço diferencial da condição humana, a capacidade de usar a linguagem, e as pessoas devem ser capazes de usar a linguagem de maneira a ser entendida. Isso especialmente vale para o Judiciário. O Judiciário tem que ser capaz de se comunicar com as sociedades, para que o cidadão entenda aquilo que foi decidido. Pode até descontar que faz parte da vida, e, a uma medida, o Judiciário está sempre desagradando o grupo mais, a capacidade de comunicação com as sociedades, de justiça e entendida faz muita diferença, e nós estamos muito empenhados para a utilização de uma linguagem simples. Falar com sujeito, verbo, predicado, sempre que possível, nessa ordem e sem utilizar palavras desnecessariamente difíceis, como os céus supretórios, resignação derradeira”, explicou. 

Barroso ainda disse como que o pacto pela linguagem simples deve ser aplicada de forma prática. 

“Olha, é uma regra que gosto de seguir, que na vida a gente ensina sempre. Então a primeira coisa a fazer é falar simples, começar pelo presidente do Supremo Tribunal Federal. Mas acho que vem se formando uma geração que superou aquela crença de que falar difícil, utilizando palavra esotéricas, era sinal de erudição ou de inteligência. Acho que vem se consolidando a ideia de que quem sabe do que está falando fala de uma maneira simples com sujeito, verbo, predicado e mais do que isso consegue se colocar no lugar do outro”, completou. 

“Falar simples é se colocar no lugar do outro e explicar alguma coisa de uma maneira que o outro seja capaz de entender. Tanto a linguagem simples, ela visa também a evitar que a linguagem se transforme num instrumento de poder, num instrumento de exclusão daquelas pessoas que não tem a chave do conhecimento daquela termologia”, concluiu o presidente do STF.

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