O imbróglio envolvendo Daniela Mercury e o batismo do espaço onde ocorre o Festival Virada Salvador ganhou um novo capítulo após um pronunciamento da Prefeitura de Salvador acerca do assunto, que se dispôs a conversar com a artista.
O espaço na Boca do Rio que desde 2017 era chamado de ‘Arena Daniela Mercury’, foi rebatizado como ‘Arena Parque dos Ventos’ para o ano de 2025 devido a uma recomendação do Ministério Público.
“Na véspera do Festival Virada do ano passado, o Ministério Público estadual (MP), recomendou a mudança do local. A orientação ocorreu devido à veiculação em peças publicitárias do nome da Arena Daniela Mercury, o que, para o MP, afronta à Lei Federal nº 6.454/1977”, diz o comunicado.
Em contato com o Bahia Notícias, a Prefeitura de Salvador já havia explicado o assunto, porém, por meio de nota enviada nesta quinta (24), a gestão de Bruno Reis (União Brasil), informou que terão conversas com Daniela Mercury para um melhor acordo da situação.
“A gestão municipal informa que continuará as conversas com o Ministério Público neste sentido. Contudo, ao final das tratativas, se a manutenção não for possível, a Prefeitura irá, em conversa com a artista, definir um novo nome para o espaço.”
Ao Bahia Noticias, Malu Verçosa Mercury, esposa de Daniela e assessora da artista, afirmou que propôs à Empresa Salvador Turismo (Saltur) um novo nome para batizar o local. “A construção da identidade de uma cidade passa pela construção cultural do seu povo”, afirmou.
DESTINO DO PÔR DO SOM
A ausência do dia 1º de janeiro no calendário do Festival Virada Salvador, anunciado pela prefeitura na terça-feira (22), movimentou a internet com um questionamento sobre o destino do Pôr do Som, show realizado por Daniela Mercury há 24 anos sempre no primeiro dia do ano.
O evento, que no ano que vem completa 25 anos de existência, não foi citado como parte da programação da gestão municipal, o que causou estranheza por parte da equipe da cantora e dos fãs, que contavam com a tradição da festa.
Ao Bahia Notícias, a equipe de Daniela informou que caso a festa não seja abraçada pela Prefeitura, verá meios de realizar o evento, no entanto, lamentou a exclusão da tradição. “Se realmente houver um movimento para não realizar o Pôr do Som, terei que repensar com minha equipe uma forma de não deixar morrer um evento tão importante para nossa construção cultural e que é TRADIÇÃO na nossa cidade. Tradição a gente preserva. É isso que nos forma como povo.”