O risco-país da Argentina recuou e passou a ficar abaixo de 1.000 pontos nesta sexta-feira (25). O indicador caiu 39 ponto, para 997 pontos-base (bps) – menor nível em quatro anos.
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O indicador calculado pelo banco JPMorgan mostra uma melhora substancial dos ativos locais em um contexto de câmbio menos volátil. O peso argentino cai 1,6% ante o dólar no acumulado dos últimos 30 dias.
A última vez que a Argentina havia tido uma alteração no risco-país fora em um contexto de reestruturação da dívida soberana.
A melhora do indicador do JPMorgan é vista, da mesma forma, em outros dados que mostram uma alívio nas pressões da economia do país.
O Credit Default Swap (CDS) – título que mensura o risco de calote de um país – também mostra recuos sucessivos desde a posse de Javier Milei.
Essa queda do risco-país da Argentina vem logo após o país acertar um empréstimo bilionário.
Ainda na quinta, 24, o governo do país anunciou que vai receber um financiamento de US$ 8,8 bilhões do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Essa cifra será utilizada pela gestão para impulsionar o crescimento econômico do país, com recurso sendo direcionados à iniciativa pública e privada.
Serão US$ 2,4 bilhões dos fundos enviados pelo BID direcionados ao setor público, para aperfeiçoar a proteção social, educação, gestão fiscal e outros pontos.
Outros US$ 1,4 bilhões serão utilizados para investimentos privados, com aportes em setores que o Governo considera relevantes para a economia Argentina.
Já os recursos originários do empréstimo do Banco Mundial, serão US$ 2 bilhões direcionados para proteção social e US$ 3 bilhões para financiar setores privados como energia renovável, descarbonização e mineração.
O empréstimo em meio a uma série de encontros de Luis Caputo, ministro da economia da Argentina, com entidades relevantes da economia global.
O ministro se encontrou com a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, para discutir perspectivas nesta sexta, 25.
Caputo também também sentou à mesa com ministros das finanças do G20 para debater o panorama econômico.
Impacto na bolsa da Argentina
Com a novidade, o S&P Merval sobe 1,4% por conta da alta de ADRs de empresas nacionais listadas em Nova York.
A bolsa da Argentina chegou a sua máxima histórica, em 1.880.118,37 pontos.
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