São Paulo — O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) decretou a prisão preventiva de Antônio Lima dos Santos Neto, o pastor de 45 anos que foi preso na última terça-feira (22/10) suspeito de matar uma mulher trans dentro de um motel de Santos, no litoral de São Paulo.
Segundo o TJSP, o juiz que avaliou o caso em audiência de custódia entendeu que estavam presentes os requisitos para a prisão preventiva.
O corpo de Luane Costa da Silva, uma mulher trans de 27 anos, foi encontrado em um quarto de motel em Santos após ela e o pastor passarem cerca de meia hora no local.
O pastor Antônio Lima dos Santos Neto contratou os serviços de Luane Costa da Silva, garota de programa, e a levou para o estabelecimento. Em depoimento à polícia, ele disse que, no local, ao descobrir que Luane era trans, desistiu do programa.
Isso gerou um desentendimento. Antônio disse que a vítima se sentiu humilhada e pediu mais dinheiro. Ainda segundo o pastor, após a realização do pagamento, Luane teria pedido mais dinheiro e os dois entraram em luta corporal.
Antônio disse que usou uma arma de choque contra a mulher, que acabou desmaiando. Ele fugiu do local, mas voltou logo depois por ter esquecido o telefone celular.
De acordo com o boletim de ocorrência, um funcionário que fazia a verificação do quarto após a saída do pastor encontrou o corpo de Luane e chamou a polícia. Quando Antônio voltou, ele foi contido pela equipe do motel até a chegada da polícia. Em depoimento, o pastor confessou o crime.
Luane era de Santo Antônio de Jesus, na Bahia, e tinha se mudado com o marido para Santos havia pouco tempo. O corpo dela foi levado para a cidade natal e foi enterrado nesta sexta-feira (25/10).
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o caso foi registrado como homicídio na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Santos. O suspeito passou por audiência de custódia e foi mantido preso.
A pasta informou ainda que foi requisitado exame necroscópico para identificar a causa da morte.