Nos últimos anos, o comércio eletrônico no Brasil tem experimentado um crescimento notável, conforme revelado por um estudo recente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Entre 2016 e 2023, o e-commerce brasileiro registrou um aumento impressionante de 286%. Em 2022, as vendas online ultrapassaram a marca de R$ 200 bilhões, um valor que é quatro vezes maior do que os R$ 53 bilhões registrados em 2016. Guilherme Dietze, assessor da Fecomércio, destacou que a pandemia de Covid-19 foi um fator crucial para esse crescimento, uma vez que as restrições levaram mais consumidores a optarem por compras online.
Apesar do crescimento significativo, a FecomercioSP identificou que o e-commerce poderia ter se expandido ainda mais, se não fosse por fatores econômicos adversos. Em 2022, a alta taxa de juros, a inflação e a inadimplência afetaram o poder de compra dos consumidores. Mais de 20% das famílias brasileiras enfrentaram dificuldades financeiras, com contas atrasadas nos primeiros seis meses do ano. No entanto, o cenário econômico de 2023 apresenta sinais de melhora, com a redução das taxas de juros, inflação controlada e a menor taxa de desemprego da série histórica, o que pode impulsionar ainda mais o comércio eletrônico.
O estudo também destacou que o estado de São Paulo lidera o mercado de e-commerce no Brasil, sendo responsável por 33% das transações financeiras online do país. Além disso, 50% dos produtos vendidos online são enviados a partir de São Paulo. Entre os produtos mais vendidos, os smartphones se destacaram, com vendas próximas a R$ 11 bilhões, refletindo a confiança dos consumidores em adquirir eletrônicos e outros bens duráveis pela internet. As expectativas para 2024 são otimistas, com projeções de crescimento contínuo nas vendas online.
Publicado por Luisa Cardoso