O vice-presidente Geraldo Alckmin, líder da delegação brasileira na Conferência das Nações Unidas Sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), em Baku, no Azerbaijão, é o principal candidato para presidir a edição de 2025 do evento, que ocorrerá em Belém (Pará).
O nome de Alckmin ganhou força, de acordo com analistas políticos, por se tratar de um nome considerado forte para comandar a conferência climática, mas também na intenção, do governo, de fazer uma espécie de “aceno político” ao vice-presidente.
Segundo a CNN, os mais cotados, até então, para a presidência da COP30 eram o secretário do clima e meio ambiente do Itamaraty, André Corrêa do Lago, e a secretária de mudança climática do Ministério do Meio Ambiente, Ana Toni.
O nome de Alckmin, por sua vez, daria um maior peso político ao cargo, especialmente devido a sua experiência como gestor e à sua ligação com o setor produtivo, já que o vice-presidente também chefia o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).
À parte isso, seria, também, uma forma de manter a tradição de ter, na presidência da COP, um ministro, o que não é obrigatório, mas que passou a ser uma tradição. Politicamente, a nomeação quebraria as tensões que cercam as negociações para o nome do vice de uma chapa petista para 2026.
Fontes apontaram à CNN que, o fato de Alckmin ter sido enviado a Baku no lugar de Lula, que não pôde ir, devido à queda que sofreu, “abriu uma porta importante” para estas negociações. O presidente da COP é responsável por articular as tratativas com outros países e organizar as agendas da conferência. O nome do presidente da COP30 deve ser anunciado ao fim da COP29.