Em reunião do Gabinete de Gestão Integrada do município de Itabela, realizada na Câmara Municipal, terça-feira (8), o promotor de Justiça João Alves Neto fez duras críticas à cúpula da Segurança Pública do Estado da Bahia.
Num primeiro momento João Alves disse que a segurança pública foi implementada para não funcionar. Depois, afirmou que a Polícia Civil [como um todo] está a serviço do poder Executivo. ‘Falamos da Polícia Civil, a polícia judiciária. Pertence ao Poder Judiciário? Trabalha com o Ministério Público vinculado, que é o titular da ação penal? Não. A polícia judiciária mais pertence ao Executivo’, afirmou.
E, por fim, o promotor criticou a transferência do coordenador da 23ª Coorpin, Élvio Brandão, há cerca de um mês, afirmando que a sua transferência teve motivação política. ‘Foi retirado daqui pelo Secretário de Segurança Pública, que é um agente eminentemente político, simplesmente porque, numa ação, o coordenador o desagradou. Foi naquela atuação que resultou na prisão de agentes penitenciários e de um diretor Adjunto do Presídio de Eunápolis’, frisa João Alves Neto.
O promotor continuou: ‘Isso foi o suficiente para criar um conflito no Governo do Estado da Bahia, porque, de um lado, se atingiu um interesse ligado à Secretaria que cuida da parte penitenciária. Isso melindrou quem estava na condição de secretário, porque queria se lançar candidato estadual. E o fato dele ter apoiado essa pessoa que foi presa, e ainda ter insistido, mesmo depois da prisão, trouxe para ele um desgaste político’, finalizou o promotor.
Por | radar 64