Vanessa Martins Felix foi afastada do cargo de superintendente-executiva da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Distrito Federal após ter uma foto, de 2022, em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, viralizada. A imagem repercutiu após a Polícia Federal (PF) indiciar 37 pessoas por pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Vanessa foi dispensada do cargo nessa sexta-feira (29/11).
Vanessa iniciou a carreira na Força Aérea Brasileira (FAB). Em 2009, aos 22 anos, a carioca se tornou a primeira mulher paraquedista da corporação.
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Ela também passou pela Polícia Militar do DF (PMDF). Em 2013, ela aparece como uma das candidatas para o curso de formação de praças. Em 2016, ela foi licenciada das fileiras da PMDF para ocupar uma vaga na PRF.
Já na Polícia Rodoviária, Vanessa ministrou cursos de autoproteção feminina para agentes e até para servidoras da Casa da Mulher Brasileira.
Foto polêmica
A foto de Vanessa em frente ao QG foi postada em 2022 nas redes sociais da própria policial. A imagem, porém, começou a se circular nesta semana, após políticos e militares serem indiciados por abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
Na foto polêmica, Vanessa aparece segurando uma placa com os dizeres: “Nossa copa é no QG”, se referindo à Copa do Mundo que aconteceu em novembro de 2022. Na legenda, a PRF escreve que a manifestação se trata de “arbitrariedades que estão ocorrendo no país” e usa a hashtag #supremoéopovo, em provocação às decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).
Veja:
O caso foi levado para a Superintendência da PRF no DF, que apura a situação e analisa possíveis medidas a serem tomadas. Vanessa, agora, não ocupa nenhum cargo de confiança na corporação.
Em nota, a PRF informou que não comenta casos de natureza particular e esclareceu que as nomeações e dispensas de cargos são “de livre nomeação”.
“A função de superintendente-executiva é de livre nomeação e exoneração. Sua indicação, antes da respectiva nomeação, passa por análise técnica de viabilidade na corregedoria do órgão e também junto à Casa Civil, via Sistema Integrado de Nomeações e Consultas – Sinc.
Por padrão, a Polícia Rodoviária Federal não comenta fatos de natureza particular de seus servidores. Atualmente, a policial citada não ocupa nenhuma função de confiança.”