Um grupo armado, composto por oito criminosos portando fuzis, protagonizou uma das fugas mais ousadas da história do sistema prisional baiano na noite de quinta-feira (12), ao invadir o Conjunto Penal de Eunápolis.
Com o objetivo de libertar Edinaldo Pereira Souza, o “Dada”, líder da facção Primeiro Comando de Eunápolis (PCE), e outros 15 detentos, todos membros da mesma organização criminosa.
A ação foi cinematográfica e brutal: os invasores dispararam contra as muralhas e torres de vigilância, cortaram a cerca metálica e alcançaram uma torre próxima ao canil. No interior do pavilhão B, os presos utilizaram uma “Tereza”, corda artesanal feita com lençóis, para descer e escapar pelo alambrado.
Em meio à fuga, os criminosos assassinaram um cão de guarda, evidenciando a agressividade do plano. No local, foi abandonado um fuzil calibre 5,56 de fabricação americana, dois carregadores e 57 cartuchos intactos, indícios de uma operação meticulosamente armada e executada com precisão militar.
A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP) confirmou que os bandidos abriram duas celas, permitindo a fuga em massa. A empresa responsável pela cogestão do presídio afirmou ter acionado as forças policiais, mas não houve tempo hábil para conter os invasores.
Os nomes dos fugitivos já circulam entre as autoridades, e entre eles estão criminosos conhecidos, como Sirlon Riserio Dias Silva (Saguim), Thiago Almeida Ribeiro (Pirata) e Rubens Lourenço dos Santos (Binho Zoião), Edinaldo Pereira Souza, conhecido como “Dada”, William Ferreira Miranda, Idario Silva Dias, conhecido como “Darinho”, Isaac Silva Ferreira, Romildo Pereira dos Santos, conhecido como “Rô”, Altiere Amaral de Araújo, conhecido como “Leleu”, Anailton Souza Santos, conhecido como “Nino”, Fernandes Pereira Queiroz, Giliard da Silva Moura, conhecido como “Saruê”, Valtinei dos Santos Lima, conhecido como “Dinei”, Anderson de Oliveira Lima, conhecido como “Magão”, Geifson de Jesus Souza, conhecido como “Geu e Bode”, Mateus de Amaral Oliveira”. A força-tarefa para a recaptura está em andamento, com equipes da CIPE-Mata Atlântica, Polícia Civil e Polícia Militar mobilizadas em diligências por terra e ar.
A população está em alerta máximo. As autoridades pedem que qualquer informação que leve à localização dos fugitivos seja repassada através do Disque Denúncia 181. O cerco está fechado, mas a fuga expõe falhas graves na segurança penitenciária e desafia o sistema de segurança pública do estado.